Em 2022, o nosso 1° de Maio, Dia Internacional do Trabalhador e da Trabalhadora, volta a ser presencial e será realizado no Grande Pirambu, em Fortaleza, depois de dois anos da pandemia que matou mais de 662 mil brasileiros. Vale lembrar que muitos destes morreram por falta da vacina que o governo de Jair Bolsonaro (PL) demorou a comprar.

A política negacionista e genocida deste governo transformou o país no epicentro mundial da pandemia e promoveu retrocessos que afetam diretamente a classe trabalhadora, com a retirada de direitos, o aumento do desemprego, a queda da renda, a falta de proteção social e o aumento da fome.

De acordo com o IBGE, 38,3 milhões estão atuando na informalidade, sem proteção social porque não fazem contribuição para a Previdência. O desemprego atinge 12 milhões de trabalhadores. 4,7 milhões de pessoas desistiram de procurar trabalho depois de muito tentar e não conseguir. No Ceará, em fevereiro deste ano, 1.299.287 cearenses receberam recursos do Auxílio Brasil. Este montante é 8,4% maior do que o número de trabalhadores com carteira assinada no estado, segundo o Cadastro Geral de Empregos (Caged).

Os desafios não param por aí, o trabalhador de Fortaleza teve que desembolsar R$ 130,00 para comprar um botijão de gás de cozinha e 54,36% do salário mínimo para comprar a cesta básica, que custou em março em média R$ 609,90.

Esses números só demonstram que a cada mês os trabalhadores brasileiros enfrentam mais dificuldades para sustentar e manter suas famílias. É por isso que neste 1º de Maio não temos nada a comemorar, a data será de reflexão sobre o mundo do trabalho e também de luta contra a carestia, a fome e aos constantes ataques aos direitos da classe trabalhadora.

Portanto, a Central Única dos Trabalhadores (CUT Ceará) estará nas ruas do lado certo, reforçando o seu compromisso com a classe trabalhadora e lutando em defesa da democracia, da vida, do trabalho, dos nossos direitos, da renda e da preservação das nossas riquezas e soberania. O lado do Brasil que trabalha para garantir dignidade para todos e todas.

Viva o 1º de Maio dos trabalhadores e das trabalhadoras!

*Artigo publicado na página de Opinião do Jornal O Povo no dia 1/5/2022