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1º de maio: trabalhadores reforçam pautas prioritárias em marcha na Serrinha

O ato de rua em alusão ao Dia do Trabalhador e da Trabalhadora percorreu as principais ruas do Itaperi e da Serrinha e finalizou na Praça da Cruz Grande, com falas políticas e apresentações artísticas e cultura

Publicado: 02 Maio, 2024 - 15h25

Escrito por: Tarcísio Aquino/CUT-CE

Thainá Duete
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Trabalhadores ocupam as ruas da Serrinha, em Fortaleza

Sob o tema “Por um Brasil mais Justo”, a tradicional marcha dos trabalhadores, que ocorreu na manhã desta quarta-feira, 1º de maio, percorreu as principais ruas do Itaperi e da Serrinha, em Fortaleza, dialogando com a população sobre as pautas mais urgentes da classe trabalhadora. A manifestação seguiu até a Praça da Cruz Grande, onde a atividade de rua foi encerrada com falas políticas e apresentações artísticas e culturais por volta das 11 horas da manhã.

“Celebramos o nosso 1º de maio pelo terceiro ano seguido na periferia de Fortaleza com a participação de entidades sindicais, movimentos sociais e todos aqueles que estão comprometidos com a classe trabalhadora. A comunidade abraçou a nossa marcha e reconheceu a importância das pautas que foram defendidas hoje”, afirmou o presidente da CUT Ceará, Wil Pereira.

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A manifestação de rua foi realizada de forma unificada pela CUT, CTB, Intersindical, Coletivo Sindical e Popular Travessia e as Frentes Brasil Popular, Povo Sem Medo, e teve concentração a no começo da manhã em frente ao campus da Universidade Estadual do Ceará (UECE).

De acordo com o coordenador geral do Sintsef-CE e secretário de organização e política social da CUT-CE, Roberto Luque, a UECE foi escolhida como ponto de partida por simbolizar a luta dos servidores públicos estaduais e federais, e docentes da Universidade Regional do Cariri (URCA), Universidade Estadual do Ceará (UECE), Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) e Universidade Federal do Cariri (UFCA), que estão em greve e lutam bravamente por seus direitos.

“Neste momento em que servidores estatuais, professores das escolas estaduais, docentes e técnicos das universidades públicas cearenses estão em luta por reajuste salarial e valorização profissional, resolvemos iniciar a nossa caminhada na UECE, local que simboliza a luta de todos esses trabalhadores, que estão enfrentando, além de tudo, por meio de suas entidades representativas, diversas tentativas de cerceamento de suas garantias fundamentais”, destacou o dirigente sindical.

Thainá DueteThainá Duete

Pautas da classe trabalhadora

O 1º de Maio 2024 destacou em faixas, cartazes e palavras de ordem as pautas do emprego decente, correção da tabela de Imposto de Renda, juros mais baixos, valorização do serviço e dos servidores e servidoras públicos, salário igual para trabalho igual, aposentadoria digna.

“Essas bandeiras são importantes para reconquistar e ampliar direitos dos trabalhadores e contribuir com a reconstrução do país, para que o Brasil volte a ser um país mais justo e igualitário, com empregos de qualidade e distribuição de renda”, disse o secretário de administração da CUT-CE, Emanuel Lima.

A secretária de saúde do trabalhador da CUT, Carmem Santiago, destacou que o movimento sindical e os movimentos populares sinalizaram a necessidade de fortalecer a luta do servidores públicos contra a reforma administrativa (PEC 32), que transita na Câmara Federal. A dirigente afirma que a proposta propõe uma “destruição do serviço público”, e que por isso a classe trabalhadora precisa estar unida e fortalecida na luta contra a aprovação da PEC.

Para a secretária da mulher trabalhadora da CUT Ceará, Claudinha Silva, o evento também reforçou as pautas feministas e fortaleceu o diálogo com as trabalhadoras e a sociedade.

“As mulheres enfrentam diversas tipos de violência em casa, no trabalho, e em diversos outros espaços. Assim como fizemos no 8 de março, hoje reforçamos nossas bandeiras feministas e fortalecemos a luta por mais políticas públicas que priorizem as mulheres, como o fim da violência política de gênero, o fim do feminicídio e a igualdade de gênero”, concluiu a secretária.

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Carmem Santiago, Emanuel Lima e Claudinha Silva participam do 1º de Maio

 

Marcha nacional

O ato em alusão ao Dia dos Trabalhadores e das Trabalhadoras serviu como um esquenta para a realização da Marcha Nacional da Classe Trabalhadora, de acordo com Wil Pereira. A manifestação foi convocada no início do ano pela CUT e demais centrais sindicais, e vai ser realizada em Brasília (DF), no dia 22 de maio.

“Há uma grande concentração de forças das mais diversas centrais sindicais, dos movimentos sociais para que a gente possa estar presente lá em Brasília, para colocar mais de 50 mil pessoas em frente ao Congresso Nacional e dizer ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, que a pauta que ele tem que atender é a pauta que ganhou as eleições de outubro de 2022, e não a pauta que foi derrotada pelos trabalhadores. É isto que nós queremos dizer. Vamos agora concentrar forças para fortalecer essa mobilização e enviar uma grande delegação do Ceará”, finalizou o presidente da CUT.

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