31º Grito dos Excluídos e Excluídas toma as ruas de Fortaleza no 7 de Setembro
Manifestação reafirma defesa da democracia, da justiça socioambiental e de direitos para o povo brasileiro
Publicado: 03 Setembro, 2025 - 11h27
Escrito por: Redação CUT | Editado por: Tarcísio Aquino

O 31º Grito dos Excluídos e Excluídas será realizado em Fortaleza, no próximo 7 de setembro, como um dos principais atos populares do país. Com o tema “Vida em primeiro lugar” e o lema “Cuidar da Casa Comum e da Democracia é luta de todo dia”, a mobilização se volta à defesa do meio ambiente, da soberania nacional e da participação popular frente às desigualdades sociais e ameaças à democracia.
A concentração acontecerá na Praça da Paz Dom Hélder Câmara, no bairro Vicente Pinzon, de onde os manifestantes seguirão em caminhada até a comunidade Raízes da Praia. O local foi escolhido de forma simbólica, já que é onde está prevista a instalação da usina de dessalinização que ameaça famílias e o meio ambiente. O ato denuncia os impactos do empreendimento e reivindica políticas públicas que respeitem os territórios e os povos.
Além da pauta socioambiental, o Grito também reforça a defesa da democracia. Os organizadores relembram episódios como os ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023 e alertam para os riscos do enfraquecimento das instituições democráticas, da concentração de renda e da exclusão social no país.
Neste ano, o evento também contará com urnas do Plebiscito Popular 2025, já em curso em todo o Brasil. A consulta nacional propõe medidas como a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil mensais, a taxação das grandes fortunas acima de R$ 1,2 milhão por ano e a redução da jornada de trabalho com o fim da escala 6x1. A participação no plebiscito fortalece a mobilização e amplia a pressão popular por mudanças estruturais.
Para Wil Pereira, presidente da CUT Ceará, a iniciativa reforça o papel do povo organizado na defesa de direitos e na construção de alternativas para o país. “O Grito dos Excluídos e Excluídas é um chamado para que a sociedade não se cale diante da desigualdade e do autoritarismo. Estar nas ruas, neste 7 de Setembro, é afirmar que democracia e justiça social só se consolidam com participação popular e luta coletiva”, afirmou.
O Grito é construído de forma coletiva e ecumênica, resultado de seis plenárias que reuniram Pastorais Sociais, movimentos populares, sindicatos, frentes e coletivos que se somam na luta por um Brasil mais justo e inclusivo.