Alta de casos de Covid e Influenza volta a fechar agências bancárias no Ceará
No Ceará, conforme o Sindicato dos Bancários, aproximadamente 20 agências estão fechadas por conta de casos de contaminação de Covid-19 ou Influenza em funcionários
Publicado: 12 Janeiro, 2022 - 11h30 | Última modificação: 12 Janeiro, 2022 - 11h43
Escrito por: SEEB/CE | Editado por: Samira de Castro
O aumento de casos de Covid-19 e da gripe Influenza tem provocado muitas faltas de funcionários no serviço público e também em empresas privadas. O ramo financeiro não ficou de fora. Segundo estimativa do Sindicato dos Bancários do Ceará, pelo menos 20 agências bancárias estão sem funcionar devido ao elevado número de funcionários com sintomas gripais e que estão em isolamento.
O presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, Carlos Eduardo, alerta, no entanto, que esse número pode ser ainda maior, considerando que há dificuldade de obter informações junto a algumas instituições financeiras e as notificações estão ocorrendo, principalmente, a partir dos relatos dos próprios funcionários e do monitoramento que está sendo feito pelos dirigentes sindicais. Segundo ele, há relatos de bancos com pelo menos 150 funcionários afastados. E também denúncias de que há funcionários que permanecem em atividade mesmo com sintomas.
“Era para ter fechado mais agência até. Estamos recebendo denúncias de gente que está trabalhando mesmo doente. O que não era para ocorrer porque o protocolo que negociamos diretamente com os bancos é de que neste caso fecha a agência, bota o pessoal para testagem, desinfecta a agência para poder reabrir com segurança”.
Na agência do Itaú da Av. Bezerra de Menezes (em frente ao Mercado São Sebastião), por exemplo, o Sindicato precisou intervir diretamente para que a agência fosse fechada. A entidade recebeu várias denúncias de casos recorrentes de funcionários trabalhando mesmo doentes e de sanitização insatisfatória.
“Após a confirmação de dois casos positivos para Covid-19 e ainda mais dois sobre suspeita, entramos em contato com o Banco Itaú, no sentido de garantir uma higienização completa na Agência, devido a incidência de casos. Entretanto, o banco insistiu em fazer o protocolo atual, uma simples limpeza com álcool a 70%, o que não atende aos riscos eminentes, pois já são mais de um caso positivados e dois terceirizados afastados. Então, não podemos encarar esse fato com uma simples higienização”, esclarece o diretor do Sindicato, Alex Citó. O Sindicato foi até a unidade nesta quarta-feira, 12/1, aguardar a devida sanitização da unidade. “Pressionamos o banco até que a equipe de limpeza foi enviada e realizou a devida higienização. Estamos acompanhando todos os casos e cobrando providências efetivas”, explica a diretora do Sindicato, Francileuda do Nascimento.
Os diretores informam ainda que já solicitaram ao ambiente de Relações Sindicais do Itaú que o mesmo procedimento adotado na agência da Bezerra de Menezes seja aplicado em todas as agências do Ceará onde sejam registrados casos de contaminação. O banco está analisando e ficou de dar um retorno à entidade em breve.
Sindicato está acompanhando os casos
Esse tipo de monitoramento começou a ser feito pelo Sindicato dos Bancários desde março de 2020, quando começou a pandemia, mas neste ano, esse movimento de fechamento de agências em razão do afastamento do trabalhador começou a se intensificar desde a última quarta-feira, dia 5/1. “É um número muito grande. O que a gente percebe é que esse surto de contaminação que se vê nesse começo de 2022 tem uma velocidade de contágio muito grande. O que, obviamente, aterroriza os trabalhadores e traz a obrigação dos bancos de não expor seus funcionários e clientes a situações de saúde que não dá para controlar. Por isso, o mais prudente nesses casos, é mesmo o fechamento da agência”, explica Carlos Eduardo.
Ele reforça que, em razão do aumento de casos, o Sindicato tem circulado em frente às agências bancárias de Fortaleza com carro de som, alertando sobre essas situações, os riscos da pandemia e protocolos de prevenção. “Porque ainda tem muita gente que acha que a pandemia acabou, que está tudo normal, quando não está”.
Com informações do O Povo