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Balanço: CUT Ceará não parou um dia sequer em 2021

Central esteve nas ruas e nas redes, organizando a classe trabalhadora cearense no enfrentamento ao governo genocida de Jair Bolsonaro (ex-PSL) e aos seus desdobramentos

Publicado: 21 Dezembro, 2021 - 19h04

Escrito por: Redação CUT | Editado por: Tarcísio Aquino

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2021 ficou marcado pelo agravamento da crise sanitária, econômica e social, provocada pela política neoliberal do governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL). Neste contexto a Central Única dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Ceará (CUT-CE) não parou um dia sequer, cumprindo um importante papel na proteção da classe trabalhadora por meio da ação sindical, seja através de campanhas de solidariedade em apoio aos trabalhadores desempregados e à população mais necessitada; negociação coletiva visando à manutenção de direitos, empregos e a segurança e saúde de trabalhadores e trabalhadoras; seja por meio da luta social e política contra todos que querem que as trabalhadoras e os trabalhadores e a população mais pobre paguem, com seu trabalho e com suas vidas, a conta por toda essa crise.

Considerada prioridade estratégica na organização da classe trabalhadora no Estado, a interiorização da CUT-CE é um elemento estrutural da atual gestão. Todas as ações, mobilizações e lutas programadas consideram a atuação da central sindical em todas as regiões cearenses. Com a reabertura parcial da economia este ano, a direção da CUT-CE esteve ainda mais presente no cotidiano dos sindicatos filiados. Foram eleições, greves, paralisações, negociações, mobilizações, atividades de formação, lives, manifestações e participação política em instâncias da democracia participativa, como audiências públicas e sessões parlamentares.

A direção estadual da CUT Ceará participou ativamente de atividades de lutas dos sindicatos, em defesa dos interesses da classe trabalhadora dos diversos ramos filiados à Central. “Foram mais de 130 atividades realizadas em parceria com os sindicatos e federações, com destaque para as grandes manifestações contra a reforma da Previdência dos servidores municipais de Fortaleza e pelo impeachment de Bolsonaro, nas quais buscamos sensibilizar a sociedade sobre os impactos das mudanças em curso no país, que estão destruindo vidas, empregos e renda”, afirma o presidente da CUT-CE, Wil Pereira.

Wil Pereira em atividade dos servidores municipais de Fortaleza contra a reforma da Previdência

Os dirigentes percorreram todo o Estado, representando a Central em eleições sindicais, apoiando chapas CUTistas e oposições, sediando e atuando na sua coordenação, além de participar das posses das novas direções nos sindicatos de forma presencial ou por plataformas virtuais. Foram pelo menos 5 eleições de sindicatos e 13 posses.“Fomos ao interior também com organização e formação, como por exemplo: 14 assembleias, 5 debates temáticos, 9 encontros regionais, 2 planejamentos de sindicatos e 7 plenárias”, enumera Emanuel Lima, secretário de Administração e Finanças.

Grandes lutas

A CUT começou o ano com uma grande carreata na Avenida Beira Mar. “No mesmo período, comemoramos a eleição da Chapa CUTista no Sindifort e, logo depois, a filiação do Sindicato à nossa Central”, recordou Wil Pereira.

 “Em fevereiro e março, tivemos grandes embates no Paço Municipal e na Câmara Municipal de Fortaleza. Resistimos e fomos fortes juntos com o Sindifort, o Sindiute e a Fetamce na luta contra o fim da aposentadoria dos servidores municipais de Fortaleza”, destacou o dirigente.

“Não podemos esquecer que estivemos juntos nas lutas contra a privatização da Dataprev, do Banco do Brasil, dos Correios, da Petrobras, da Eletrobras e em defesa do serviço público. Por isso participamos de atos de rua, plenárias virtuais, paralisações, greves, marchas entre outros”.

Assim como a luta contra a PEC 32, a luta é constante contra o governo de Jair Bolsonaro – reforçou Wil. “Fomos protagonistas contra as medidas provisórias que retiraram direitos dos trabalhadores durante a pandemia. Também lideramos a luta pela criação e manutenção do auxílio emergencial de R$ 600”.

Para Wil Pereira, muitas dessas pautas só se resolvem com a saída do presidente Bolsonaro. “Por isso, em conjunto com as frentes populares, organizamos até outubro, quatro grandes carreatas e cinco grandes atos de rua por Fora Bolsonaro, com destaque para o 3 de julho na Praça Portugal, quando retomamos aquele espaço que até recentemente era um símbolo reacionário de nossa cidade”.

Reformas na sede

Além das atividades nas ruas e nas redes, a sede da Central também passou por benfeitorias em 2021. O telhado foi reformado, salas receberam novas pinturas e o auditório passou por uma reforma completa, ganhando um novo teto, nova pintura, novo sistema de som e novos aparelhos de ar-condicionado. Marca registrada da CUT, a Kombi também recebeu melhorias e conta agora com um sistema de som mais moderno, afirma Emanuel Lima.

Imagem do auditório no encerramento da 14ª Plenária da CUT-CE

Filiações e negociações financeiras

Assim como em 2020, a CUT iniciou o ano filiando um novo sindicato. Sendo assim, em abril foi comemorada a chegada do Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos do Município de Fortaleza (SINDIFORT), que fortaleceu a estrutura solidária e ampliou o número de entidades filiadas à Central no estado do Ceará. De acordo com o secretário de Administração e Finanças da CUT-CE, Emanuel Lima, a chegada de novos sindicatos e a negociação de débitos faz parte da estratégia da CUT de priorizar a sustentação das crescentes demandas das lutas, política de formação, comunicação e organização.

“Em 2021 conseguimos fortalecer a nossa estrutura de arrecadação com a renegociação da contribuição estatutária de mais de 40 sindicatos. Além disso, conseguimos trazer de volta para a CUT por meio de uma grande articulação o Sindifort. Foi um ano muito produtivo”, destacou o dirigente.

14ª Plenária Estatutária da CUT-CE

Realizada nos dias 26 e 27 de setembro, a 14ª Plenária Estatutária debateu a conjuntura, apresentou balanço das ações e definiu estratégias para os próximos períodos. Com a participação de delegados/as e observadores/as tanto presencialmente (respeitando todos os protocolos sanitários) quanto pela plataforma Zoom, por onde aconteceram os debates e discussões sobre os desafios do sindicalismo CUTista e da classe trabalhadora para os próximos períodos, a Plenária aprovou 13 emendas e 18 moções.

CUT Ceará representada nos Conselhos de Saúde

A CUT Ceará passou a ocupar em 2021 duas vagas titulares no Conselho Estadual de Saúde do Ceará (Cesau/CE). Uma no segmento das centrais sindicais de não profissionais de saúde com atuação e representação estadual, pela secretária de saúde do trabalhador Carmem Santiago, e outra no segmento dos movimentos organizados de mulheres com atuação e representação estadual, sendo representada pela secretária da mulher trabalhadora Maria de Fátima Uchoa (Mariinha). Carmem Santiago também foi indicada pela CUT Brasil para ocupar a 1ª suplência do Conselho Nacional de Saúde (CNS).