Escrito por: Comunicação Alece
O Sindicato dos Jornalistas do Ceará (Sindjorce) foi homenageado na tarde desta segunda-feira (29/05) em sessão solene da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece).
A Campanha pela PEC do Diploma foi destacada durante as comemorações dos 70 anos de fundação do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce) na sessão solene realizada na tarde desta segunda-feira (29/05), no Plenário 13 de Maio da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece).
O deputado De Assis Diniz (PT), autor do requerimento, subscrito pela deputada Larissa Gaspar (PT), destacou a combatividade na história de luta do Sindjorce ao longo dos últimos 70 anos, principalmente nos momentos mais difíceis que o país atravessou.
“Sete décadas de existência não podem ser resumidas tão somente em período de liberdade e de democracia, mas também por momentos delicados e complexos, como períodos ditatoriais e de cerceamento de liberdade, onde contamos com o Sindjorce como porta-voz daqueles que estavam com a suas vozes caladas”, afirmou.
O parlamentar também destacou a luta do Sindicato na defesa por melhores remunerações da categoria, contra a precarização no trabalho, pelo diploma para o exercício da profissão e pela democracia. “O Sindicato foi a ferramenta que possibilitou que pudesse chegar a esse último período de governo que o Brasil passou com homens e mulheres olhando para o futuro”, pontuou.
Representando o governador Elmano de Freitas, o assessor especial do Governo para a relação com os municípios, Arthur Bruno, lembrou da importância do papel dos jornalistas para a sociedade, principalmente nesse momento em que as fake news têm se tornado um instrumento para a divulgação de desinformação. “É muito importante uma sessão como essa para prestar homenagem aqueles que defendem a verdade dos fatos que ocorrem no Ceará, no Brasil e no Mundo”, destacou.
Bruno também ressaltou a luta do Sindjorce pelo reconhecimento do diploma para o exercício da profissão e a importância da imprensa nos fatos ocorridos no dia 8 de janeiro em Brasília, quando um grupo de pessoas invadiu e depredou as sedes das principais instituições da República. “Tenho a certeza que vocês, jornalistas, continuaram caminhando na narrativa da verdade no estado do Ceará e no Brasil”, disse.
A presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Samira de Castro, fez um breve histórico reverenciando os nomes dos fundadores e ex-presidentes do Sindjorce e disse que hoje os jornalistas brasileiros estão vivendo um ano de reconstrução dos direitos da categoria.
“Somos uma categoria precarizada, e nos últimos quatro anos fomos alvo de um desgoverno que tinha como política a violência contra a nossa categoria. Em 2022 tivemos 376 ataques a jornalistas e a veículos de imprensa, e o próprio ex-presidente passou quatro anos agredindo os jornalistas para fazer a sua narrativa mentirosa, golpista e de morte, principalmente durante a pandemia da Covid-19”, criticou.
Ela ressaltou que durante a pandemia os jornalistas foram fundamentais para divulgar os riscos da Covid e relatou a luta do presidente do Sindjorce, Rafael Mesquita para tentar garantir a vida dos colegas jornalistas, porque desde o primeiro decreto, a categoria foi considerada um serviço essencial.
Samira de Castro falou, ainda, sobre a luta do Sindjorce e da FENAJ pela PEC do Diploma de Jornalista. Segundo ela, com a decisão, em 2009, do Supremo Tribunal Federal (STF), de derrubar a exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista, hoje se emitem registros até para menores de idade. “Isso é muito sério, muito grave. Estamos falando do critério de acesso a uma profissão que tem a função social de garantir às pessoas uma informação de qualidade”, explicou.
O presidente do Sindjorce, Rafael Mesquita, falou da luta ao longo de sete décadas de existência do Sindicato pela dignidade profissional, contra os ataques da classe patronal, pelo emprego, por melhores condições de trabalho, pela regulamentação da profissão e qualidade de vida da categoria. “O sindicato tem sido a voz incansável dos jornalistas na luta por salários justos, pela liberdade de imprensa, pela democracia e fortalecimento da categoria”, pontuou.
Rafael destacou as metas urgentes do Sindjorce que são a defesa da PEC do Diploma e a atualização da regulamentação profissional para incluir a função de Assessor de Imprensa. “Hoje, ao olharmos para trás, podemos nos orgulhar das batalhas vencidas, das conquistas alcançadas, mas ainda há muito a avançar. Garanto que o Sindjorce vai continuar vigilante na defesa dos jornalistas”, afirmou.
Representado a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), o jornalista Salomão de Castro, disse que o Sindjorce, “nesses 70 anos de história, fez muito pelos jornalistas do Ceará e ainda faz pela luta democrática”. Segundo ele, a ABI tem trabalho em conjunto com o Sindjorce, levantando bandeiras e buscando soluções, questões como a Inteligência Artificial que pode representar o esvaziamento da profissão, de postos de trabalho; a luta pela PEC do Diploma, o projeto de lei sobre a fake news, citou. “Este é um momento de celebração, de festa, de responsabilidade e de alegria. Vamos seguir em frente na construção de mais direitos ao longo dos próximos 70 anos”, reforçou.
Além de Rafael Mesquita, Samira de Castro, também receberam certificados Wil Pereira, presidente da Central Única dos Trabalhadores no Ceará (CUT) e José de Souza Júnior, membro do Conselho Deliberativo do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC).
Participaram da solenidade, a ex-deputada e ex-prefeita de Fortaleza, Maria Luiza Fontenelle; a vereadora de Fortaleza, Adriana Almeida (PT); Luciano Simplício, presidente da CTB; Lourdinha Félix, presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios no Ceará; Evaldo Lima, vice-presidente do PCdoB; Dalwton Moura, diretor do Sindicato dos Músicos do Ceará, jornalistas e líderes sindicais.