Escrito por: Fetamce

Caucaia recebe primeira oficina sobre câncer de mama realizada em uma comunidade quilombola

Atividade foi realizada em parceria com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Caucaia (Sindsep), que lidera ações na cidade de enfrentamento à doença

 

ValA campanha Outubro Rosa no Ceará ganhou um novo marco nesta quarta-feira (29/10), com a realização da primeira oficina de prevenção ao câncer de mama em uma comunidade quilombola brasileira. A informação foi confirmada pela coordenadora do movimento no Estado, Valéria Mendonça, que marcou presença no evento.

 

O palco do momento de informação e prevenção foi a sede da Associação dos remanescentes do Quilombo dos Caetanos de Capuan, em Caucaia. A comunidade, que tem a certificação de autorreconhecimento como Quilombo, auferida pela Fundação Cultural Palmares, é uma das 10 organizações negras da cidade que agrupam descendentes de escravos, vivendo de cultura de subsistência e onde as manifestações culturais têm forte vínculo com o passado.

 

A atividade foi realizada em parceria com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Caucaia (Sindsep), que lidera ações na cidade de enfrentamento a esta doença. Descoberto em fases mais precoces, o câncer de mama tem mais de 90% de chances de cura.

 

Segundo Maria Santos, presidenta do Sindsep, avançar junto aos públicos mais negados do Brasil é contribuir para a cidadania, papel de uma entidade da sociedade civil, como o Sindicato de Servidores. “Estamos aqui para garantir que todos, sem exceção, acessem a informação, prevenção e cuidado, para que possamos garantir, sobretudo, a nossa qualidade de vida. Por isso, entramos de cabeça na campanha Outubro Rosa e temos orgulho de hoje estar ao lado de vocês, quilombolas”, enfatizou.

 

Os participantes do encontro, a maioria mulheres chefes de família, tiveram a oportunidade de conhecer as principais características e a legislação pertinente sobre o câncer de mana, que versa, por exemplo, sobre a determinação de um prazo máximo de 60 dias para tratamento em pessoas cujos exames apontem para um tumor cancerígeno, possibilitando, dessa forma, a diminuição da mortalidade de mulheres. “Fazer com que a saúde pública avence na perspectiva do diagnóstico e rápido tratamento é fundamental para garantirmos a vida da mulher. Isto foi uma grande vitória do nosso movimento. O atendimento precoce reduz o prejuízo para a paciente, a profundidade da cirurgia e impacta diretamente na mortalidade”, afirmou Valéria Mendonça.

 

Povo indígena

Na terça-feira (28/10), também de forma inédita, os servidores de Caucaia levaram o Outubro Rosa para a comunidade indígena Tapeba, que pode igualmente receber o debate sobre prevenção. Ainda de acordo com a coordenadora do movimento Outubro Rosa, o encontro com os Tapebas é também histórico, pois marca a primeira edição do movimento em uma comunidade indígena em todo o País.

 

SOBRE ESSE ASSUNTO, LEIA TAMBÉM NO SITE DA CUT-CE: http://is.gd/Bg19yJ