Escrito por: Tarcísio Aquino/CUT-CE
As atividades foram realizadas em Fortaleza e em todas as regiões do Estado em defesa da vida, da vacina, do emprego e do auxílio emergencial
No dia em que o Brasil chegou a triste marca de 300 mil mortes por Covid-19, a CUT e demais centrais sindicais realizaram em todo o país o “Lockdown Nacional”, Dia de Luta em Defesa da Vida, da Vacina, do Emprego e do Auxílio Emergencial de R$ 600 para desempregados e informais. O Ceará foi um dos 14 estados que registrou mobilizações nesta quarta-feira (24/3).
Segundo o presidente da CUT Ceará, Wil Pereira, diversas atividades simbólicas foram realizadas em todas as regiões do Estado, respeitando o distanciamento social e as demais restrições sanitárias de combate à pandemia do coronavírus.
“O povo está saturado com a inércia do governo Bolsonaro em todas as áreas, principalmente na dificuldade em assumir a responsabilidade pela crise sanitária que estamos passando. Por isso, não poderíamos deixar de nos manifestar neste dia nacional de lutas, mesmo que de forma simbólica, para não colocar em risco a vida dos trabalhadores e trabalhadoras”, disse Wil Pereira, ao lembrar que além das medidas de isolamento social, é preciso a garantia de medidas como o auxílio emergencial para que as pessoas possam sobreviver em casa e não terem de enfrentar riscos de contaminação nas ruas por precisarem sair para trabalhar.
Em Fortaleza, cartazes com críticas ao presidente Jair Bolsonaro (Ex-PSL) foram fixados em diversos locais de grande movimentação no Centro e na periferia da cidade. Os lambe-lambes relacionaram o presidente e sua equipe econômica ao aumento do preço de alimentos como arroz, feijão, carne e óleo de cozinha. Além disso, a ação também alertou sobre a alta dos preços nas bombas de combustíveis.
Já no viaduto da Avenida Mister Hull, no Antônio Bezerra, o Sindicato dos Bancários realizou ato simbólico pela manhã cobrando a inclusão dos bancários nas fases prioritárias de vacinação, por ser tratar de uma categoria que atua em uma atividade essencial. Motoristas de ônibus de transporte coletivo e transporte alternativo também reivindicaram a inclusão dos trabalhadores do sistema de transporte público na lista prioritária de imunização contra a Covid-19. A mobilização ocorreu no final da tarde, na saída do Terminal de passageiros do Antônio Bezerra, que ficou bloqueada por cerca de uma hora.
De acordo com Valdênio Aguiar, presidente do Sindicato dos Empregados e Empregadas de Empresas, Permissionário, Cooperativas em Transportes Alternativos e Complementares de Passageiros e Turismo municipais e intermunicipais do Ceará (Sintraafor/CE), mesmo com o lockdown decretado em todo o Estado, ônibus e vans de transporte alternativo continuam super lotados, colocando em risco a vida de passageiros, motoristas e cobradores.
“Muitos trabalhadores estão adoecendo e morrendo. Por isso, aproveitamos esse dia nacional de luta para reivindicar dos patrões planos de saúde mais justos e cobrar do poder público a vacinação imediata da nossa categoria”, pontuou o dirigente.
Atos no interior
Com o apoio da Fetamce, servidores municipais realizaram atos simbólicos contra a reforma Administrativa, em defesa do SUS e por Fora, Bolsonaro em Caucaia, Jardim, Barreira, Apuiarés, Ubajara, Cascavel, Barbalha, Maracanaú, Hidrolândia, Senador Pompeu, Jaguaribe, Crato e São Gonçalo do Amarante. Em Canindé, trabalhadores rurais, servidores públicos, representantes do MST e de entidades estudantis estenderam faixa na Praça Central do município, e denunciaram o descaso do governo com a pandemia e com a vida dos brasileiros e brasileiras.