Escrito por: Redação CUT
Presidente da CUT-CE afirma que “a melhor ferramenta para ampliar a renda e reduzir a desigualdade é a política de fortalecimento do salário mínimo”
A taxa de desemprego no Ceará diminuiu no entre o terceiro e o quarto trimestre de 2021 e chegou 11,1%, a mesma da média nacional, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quinta-feira (24/2). Na pesquisa anterior, o Ceará tinha taxa de desocupação 12,4%. O número trabalhadores desempregados foi estimado em 439 mil pessoas, 52 mil a menos do que no trimestre anterior.
Os dados foram comemorados pelo presidente do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT), Vladyson Viana, uma vez que 2021 foi um ano marcado pela reabertura da economia após as dificuldades impostas pela pandemia do coronavírus, segundo o gestor.
“O crescimento do nível de ocupação sinaliza para a consolidação da retomada da economia cearense. Nesse sentido, é importante destacar os investimentos públicos, do Governo do Ceará, a exemplo de programas para a geração de postos de trabalho, como o Mais Empregos Ceará, e o de incentivo a pequenos empreendimentos, como o Ceará Credi”, acrescenta Vladyson Viana.
O resultado decorreu do aumento do nível de ocupação (abertura de 62 mil postos de trabalho, ou 1,8%) e da relativa estabilidade da força de trabalho local (nove mil pessoas entraram no mercado de trabalho estadual, ou 0,2%). A taxa de participação – proporção de pessoas de 14 anos ou mais incorporadas ao mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas – variou de 53,3% para 53,1%.
Crescimento em quase todos os setores econômicos
O nível de ocupação cresceu 1,8% e o número de trabalhadores com carteira assinada foi estimado em 3.522 mil pessoas. Sob a ótica setorial, esse resultado decorreu do aumento da oferta de trabalho em quase todos os segmentos econômicos analisados, exceto na construção (extinção de quatro mil postos de trabalho), indústria geral (-30 mil) e agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-21 mil) que fecharam postos de trabalho, entre o terceiro e o quatro trimestre de 2021.
O presidente da CUT Ceará, Wil Pereira, afirma que embora os dados da queda do desemprego no Ceará sejam positivos, é preciso fortalecer políticas públicas que estimulem o crescimento da renda dos trabalhadores, que segue em queda, de acordo com o levantamento da PNAD Contínua. "A melhor ferramenta para ampliar a renda e reduzir a desigualdade é a política de fortalecimento do salário mínimo. É por isso que a eleição de 2022 é tão importante para a classe trabalhadora. Precisamos eleger governantes que promovam o aumento real do salário mínimo e da renda”, destacou o dirigente.
Renda segue encolhendo
Estimado em R$ 1.756, o rendimento médio do trabalhador cearense caiu 2,2% (ou menos de R$ 39) entre o terceiro e quarto trimestre de 2021. Já a massa de rendimentos reais pouco variou (-0,3%), dado que o aumento do nível de ocupação quase compensou a queda do rendimento médio real. No Brasil, apenas no trimestre encerrado em dezembro, a taxa de desemprego foi de 12,6%, com recuo em relação a igual período de 2020 (14,2%). Os desempregados no último trimestre do ano somaram 12 milhões.
Com informações do IDT e do IBGE