Ceará: milhares foram às ruas neste sábado (24/7) por Fora Bolsonaro
Em Fortaleza, a atividade partiu da Praça Portugal, no coração da Aldeota e seguiu até a Praia de Iracema, reunindo cerca de 30 mil pessoas, de acordo com os organizadores
Publicado: 26 Julho, 2021 - 14h55
Escrito por: Redação CUT
Milhares de cearenses participaram neste sábado (24/7) das mobilizações por Fora Bolsanaro convocadas pelas Frentes Brasil Popular, Povo Sem Medo e pelo Fórum Sindical, Popular e de Juventudes de Luta pelos Direitos e pelas Liberdades Democráticas. Este foi o quarto grande ato nacional em pouco mais de dois meses, em consequência da política genocida, negacionista e dos ataques aos direitos sociais e dos trabalhadores promovidos pelo governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL). Em Fortaleza, a atividade partiu da Praça Portugal, no coração da Aldeota e seguiu até a Praia de Iracema, reunindo cerca de 30 mil pessoas, de acordo com os organizadores. Além da capital, outros 16 municípios também registraram mobilizações.
Segundo o presidente da CUT Ceará, Wil Pereira, as organizações que compõem a Campanha #ForaBolsonaro no Ceará avaliam que o sucesso das atividades em Fortaleza e no interior é resultado do crescimento da adesão popular em relação às manifestações realizadas em 3 de julho.
“A cada manifestação que realizamos observamos o crescimento da adesão popular. Mesmo com a crise sanitária, as pessoas estão indo às ruas, pois querem dar um basta neste governo negacionista e genocida de Bolsonaro. A sociedade está saturada com o aumento dos preços, com a carestia, e sabe que única forma de acabar com tudo isso é se manifestando, incomodando e empurrando até ele cair. A nossa luta vai continuar cada vez mais forte, por vacina, direitos, comida no prato e dignidade.”, afirmou o dirigente, ao destacar que em breve as organizações sindicais e de movimentos sociais se reunirão para debater sobre novas datas nacionais de protestos contra o presidente Jair Bolsonaro.
Ato em Fortaleza reforça apoio ao padre Lino, vítima de ódio e intolerância
Antes da saída da passeata, em Fortaleza, ainda na concentração, na Praça Portugal, foi realizado um ato ecumênico em solidariedade ao padre Lino Allegri, de 82 anos, vítima de ódio e intolerância de um grupo de apoiadores de Jair Bolsonaro. Há algumas semanas, o sacerdote foi atacado verbalmente por um grupo de bolsonaristas na sacristia da Paróquia da Paz, no bairro Aldeota, após lamentar as mais de 500 mil mortes de brasileiras e brasileiros vítimas da Covid, bem como criticar a gestão do Governo Federal na condução da pandemia. Os ataques continuam por meio das redes sociais.
Segurança sanitária
De acordo com Emanuel Lima, secretário de administração e finanças da CUT Ceará, a manifestação em Fortaleza seguiu todos os protocolos de segurança para evitar a proliferação do coronavírus. “Orientamos sobre a necessidade de manter o distanciamento social durante os protestos, sobre o uso obrigatório da máscara e de preferência a PFF2, além do álcool em gel, para garantir a segurança sanitária de todos e todas.”
#24J no Interior
No Ceará, ocorreram atividades em pelo menos outras 16 cidades. Foram realizados atos de rua em Acaraú, Aracati, Baturité, Caucaia, Icó, Itapipoca, Juazeiro do Norte, Maracanaú, Morada Nova, Sobral, Tianguá e carreatas em Crateús e Iguatu. Em Itaiçaba, carros de som circularam pelas principais ruas da cidade denunciando o governo genocida de Jair Bolsonaro e em Pentecoste movimentos sociais realizaram uma roda de conversa da Praça do CSU.