Ceará tem a 11ª pior média salarial do Brasil, aponta pesquisa
O presidente da CUT Ceará, Wil Pereira, afirma que só a luta coletiva é capaz de garantir à classe trabalhadora melhores salários.
Publicado: 11 Janeiro, 2022 - 14h37 | Última modificação: 13 Janeiro, 2022 - 10h16
Escrito por: Comunicação CUT-CE | Editado por: Samira de Castro
Com o valor de R$ 1.411,09, o estado do Ceará possui a 11ª pior média salarial do Brasil. É o que revela a 63ª edição da pesquisa salarial realizada pela Catho em empresas do setor privado. O salário médio nacional fica em torno de R$ 1.667,64. Os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal ocupam as primeiras colocações.
Entre os estados do Nordeste, o Ceará apresenta a quarta melhor média salarial, atrás da Bahia, Maranhão e Pernambuco. A região tem a menor remuneração com três estados nas últimas colocações: Rio Grande do Norte, com R$ 1.292,72, Sergipe, com R$ 1.286,20, e Paraíba, R$ 1.282,66.
Segundo o levantamento, a média salarial em São Paulo é de R$ 1.926,78, de R$ 1.756,71 no Rio de Janeiro e de R$1.731,48 no Distrito Federal. Com dois estados no topo do ranking, a região Sudeste é a que oferece a maior média salarial, com um valor de R$ 1.805,39.
O estudo da Catho contou com a resposta de 8.400 profissionais de diferentes níveis hierárquicos que atuam em todo o Brasil.
O presidente da CUT Ceará, Wil Pereira, afirma que só a luta coletiva é capaz de garantir à classe trabalhadora melhores salários. “Muitos trabalhadores acreditam que conseguem negociar diretamente com seus patrões, mas isso é uma mentira. Organizados dentro dos sindicatos é que nós temos força para negociar melhores salários e condições de trabalho”, completa.
Mudança de emprego
Já uma outra pesquisa, feita pela empresa de recrutamento Robert Half, mostra que 49% dos trabalhadores com mais de 25 anos de idade pretendem mudar de emprego ou de área - mudança de carreira, em novo segmento ou profissão - este ano. A razão principal são os baixos salários.
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no trimestre encerrado em outubro de 2021, quando a taxa de desemprego recuou para 12,1%, a renda média do trabalho voltou a cair e atingiu o menor nível em quase dez anos no país - R$ 2.449,00 por mês.
Com informações do Grupo SEGS e da CUT Brasil