Escrito por: Frente Brasil Popular - Ceará (*)
Uma das principais e mais simbólicas praças de Fortaleza, a da Gentilândia, recebeu na noite desta segunda-feira (11/4) segundo ato público do dia na Capital na luta contra o golpe
(FOTO: Emanuel Lima/Comunicadores pela Democracia)
Na rua, palco democrático e popular, o povo da Capital mais uma vez se uniu ao som da palavra de ordem que expressa uma certeza a ser construída por cada brasileiro, na defesa da democracia: “Não vai ter golpe”. Animada ao som do samba homônimo, com seu refrão para cantar junto, “Reage, reage, meu povo!”, do compositor Claudinho Lima na voz de Beth Carvalho, a manifestação contou com a participação de professores e estudantes da Universidade Federal do Ceará (UFC), representantes de movimentos sociais, sindicatos, centrais sindicais, associações, entidades comunitárias e de segmentos como médicos, juristas, psicólogos e artistas, além de parlamentares como os vereadores Deodato Ramalho, Guilherme Sampaio e Acrísio Sena, além do presidente estadual do PT, Francisco Diassis Diniz, de representantes do mandato do deputado federal Chico Lopes e de outros parlamentares da bancada cearense que votaram contra o impeachment, de partidos como PT e PCdoB.
(FOTO: Marcos Adegas/Comunicadores pela Democracia)
O ato público transmitiu, via telão, a manifestação realizada no Rio de Janeiro e que avançou noite adentro, com participação do ex-presidente Lula e de artistas e intelectuais como Chico Buarque, Tico Santa Cruz, Wagner Moura, Fernando Morais e Leonardo Boff.
“Não existe um motivo plausível para o impeachment da presidente (Dilma Rousseff). Simplesmente não aceitaram o resultado das urnas. Sinto vergonha de o nosso destino estar nas mãos de uma pessoa como (o presidente da Câmara dos Deputados) Eduardo Cunha. E isso independe de partidos políticos. O que está acontecendo no Brasil é um golpe” – opinou a professora aposentada do Departamento de Filosofia da UFC, Mirtes Amorim, também integrante do Movimento Democracia Participativa (MDP). “É deprimente o que estão querendo fazer com o Brasil. Mas já não somos analfabetos políticos e movimentos como esse de hoje são prova disso. Pedi liberação do meu professor hoje para acompanhar daqui a transmissão do ato no Rio. Estamos todos fazendo nossa parte e fazendo parte da História”, disse o estudante do Ensino Médio Rudson Soares.
(FOTO: Raquel Chaves/Comunicadores pela Democracia)
A ordem das atividades desta segunda-feira foi reforçar a mobilização e sensibilizar cada vez mais pessoas, principalmente neste dia em que mais uma vez ficou clara (agora, com vazamento de áudios do aplicativo WhatsApp) a manipulação empreendida pelo vice-presidente Michel Temer (PMDB) para tentar assumir o poder, desrespeitando os mais de 54 milhões de brasileiros que votaram em Dilma.
A agenda de manifestações contra o golpe continua em Fortaleza, com atividades diárias até domingo, data prevista, caso a Justiça não determine mudanças na agenda imposta pelo golpista presidente da Câmara Eduardo Cunha, para o final da votação da tentativa de impeachment.
No sábado (16/4), será iniciada uma vigília na Avenida da Universidade, a partir das 20 horas. A via será fechada do sinal do Instituto do Desenvolvimento do Trabalho (IDT) até a Praça da Bandeira e deverá se estender até o domingo (17/4), data prevista para o encerramento da votação do impeachment na Câmara dos Deputados. Haverá transmissão, por meio de telões, da sessão de votação.
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(*) Com informações do Portal Vermelho