Escrito por: Tarcísio Aquino/CUT-CE
Manifestantes saíram pela Avenida Beira Mar e seguiram até a Praia de Iracema, onde foi realizado ato político e tributo ao compositor Belchior
A chuva que caiu em Fortaleza durante todo o dia nesta quarta-feira, 1º de maio, não foi obstáculo para os mais de 20 mil trabalhadores e trabalhadoras que marcharam no final da tarde pelas ruas da Praia de Iracema, cartão postal da capital cearense.
A manifestação saiu da Avenida Beira Mar, próximo ao espigão da Rui Barbosa e seguiu pela Avenida Historiador Raimundo Girão até o largo Luis Assunção, na Praia de Iracema, encerrando com ato político e show do cantor Erickson Mendes em tributo ao compositor cearense Belchior, falecido em abril de 2017.
Ato unificado
O ato unificado do dia do trabalhador reuniu as centrais sindicais – CUT Ceará, CSB, CSP-Conlutas, Intersindical, CTB, as frentes Brasil Popular e Povo Sem medo, sindicatos, federações e teve como pautas a defesa da política de reajuste do salário mínimo, a luta por emprego e contra a reforma da Previdência (PEC 06/2019). A mobilização também repudiou a tentativa do governo de enfraquecer o movimento sindical por meio da publicação da MP 873/2019.
Greve Geral
O presidente da CUT Ceará, Wil Pereira, anunciou que as centrais sindicais decidiram convocar uma greve geral que paralisará o país contra o fim da aposentadoria. A paralisação nacional será dia 14 de junho.
“Vamos parar o Brasil em protesto contra essa perversa reforma da Previdência. Vamos dizer em alto e bom tom que não queremos nenhum direito a menos. Dia 14 de junho o país vai parar”, anunciou o dirigente.
Mobilizações no interior
Os movimentos sociais e sindical realizaram atos em todas as regiões do estado. No município do Crato, centenas de pessoas percorreram 10 km na madrugada desta quarta-feira pelas ruas da cidade. Já em Várzea Alegre, os manifestantes bloquearam a BR-230 em protesto contra o fim da aposentadoria. Atos religiosos, marchas e audiências públicas sobre a reforma da Previdência (PEC 06/2019) também foram realizados em dezenas de municípios, mobilizando agricultores familiares, professores, servidores públicos, estudantes, aposentados, sindicatos, federações e lideranças locais.