Contra reajustes indecentes, servidores de Beberibe entram em estado de greve
A decisão ocorreu após a prefeita Michele Queiroz (PL) impor que os educadores tenham somente 7% de reajuste, muito abaixo dos 33,24% estipulados pelos mecanismos da Lei Federal do Piso Nacional do Magistério
Publicado: 09 Março, 2022 - 12h00 | Última modificação: 09 Março, 2022 - 12h04
Escrito por: Rafael Mesquita, Fetamce
Em assembleia realizada na manhã desta segunda-feira, 7 de março, professores e demais servidores da cidade de Beberibe decidiram entrar em estado de greve. A decisão ocorreu após a prefeita Michele Queiroz (PL) impor que os educadores tenham somente 7% de reajuste, muito abaixo dos 33,24% estipulados pelos mecanismos da Lei Federal do Piso Nacional do Magistério (Nº 11.738/2008), e apenas 5% para as demais categorias do funcionalismo local.
A atividade contou com a presença da presidenta da Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce), Enedina Soares, que levou a força e a solidariedade dos municipais de todo o Ceará. “A instalação do estado de greve, que indica a possibilidade da categoria cruzar definitivamente os braços, prova que os trabalhadores não irão desistir de seus direitos. Cabe a Prefeitura negociar. Nós estamos juntos”, reforça a dirigente.
De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais da cidade, que tem organizado protestos e reunido as carreiras em assembleia, até o momento predominou a intransigência por parte da Prefeitura de Beberibe, que se nega a receber a representação laboral. A gestão municipal colocou a localidade entre as que ofereceram as piores propostas de aumento salarial no Ceará. Por isso, após a assembleia, os servidores realizaram o primeiro movimento da nova fase da luta. As categorias tomaram as ruas da cidade, em um protesto massivo que parou a área central de Beberibe.