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CUT-CE não parou um minuto sequer no contexto da pandemia

Balanço das lutas realizado na 14ª Plenária evidenciou as ações da Central nas ruas e nas redes

Publicado: 27 Agosto, 2021 - 07h56 | Última modificação: 27 Agosto, 2021 - 10h22

Escrito por: Samira de Castro

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Com muita emoção, música e participação ativa, a 14ª Plenária Estatutária da CUT Ceará prosseguiu pela parte da tarde, em seu primeiro dia (26/08) de atividades. No início dos trabalhos, as secretárias de Formação, Enedina Soares, e de Comunicação da CUT-CE, Jizolda Evangelista, fizeram o lançamento das “Brigadas Digitais da CUT”, projeto que tem por objetivo formar dirigentes sindicais em Comunicação, qualificando-os para a disputa nas redes sociais.

Thainá DueteThainá Duete

A segunda mesa, de balanço das ações, foi coordenada pela Secretária de Saúde do Trabalhador, Carmen Santiago, e por Edvânia Costa, Secretária de Cultura, tendo como palestrantes a secretária geral da CUT Brasil, Carmen Foro, e do presidente da CUT-CE, Wil Pereira. A atividade teve, ainda, as falas das forças políticas que compõem a CUT-CE, representadas por Claudemir Brito(CSD), Roberto Luque (O Trabalho) e Gardênia Baima (Articulação).

Carmen Foro, elencou os principais desafios da central e da própria classe trabalhadora, que estão pautados no Congresso Nacional e na sociedade: as privatizações, a PEC 32 e a reforma tributária do governo. “Temos que seguir muito firmes nas próximas décadas, para sermos instrumento de emancipação da classe trabalhadora”, frisou a dirigente nacional.

A secretária geral da CUT Brasil abordou o desafio de organizar trabalhadores que estão fora do sistema tradicional dos sindicatos, pois não têm “carteira azul”, ou seja, a carteira de trabalho assinada. “Como vamos apresentar aqueles e aquelas que não estão nos sindicatos, como os desempregados, os trabalhadores de plataformas e aqueles que atuam nos territórios?”, questionou.

Thainá DueteThainá Duete

Já Wil Pereira destacou que a CUT-CE foi à luta pelos trabalhadores, mesmo em meio às dificuldades. “Levamos solidariedade às pessoas por meio de campanhas de arrecadação de alimentos promovidas pelos nossos atos de 1º de Maio, que pela primeira vez na história foram de forma virtual”, lembrou.

“Com a nossa sede fechada por causa dos decretos, trabalhamos em nossas casas pela internet em reuniões, chamadas e ligações. Nossa direção e secretarias realizaram encontros, reuniões, lives, plenárias e até atos virtuais. Não paramos nem um dia”, disse Pereira.

Maior central sindical do Estado, com 320 entidades filiadas, a CUT-CE teve sua força reconhecida, quando reforçou uma campanha para manter o isolamento social ano passado e, logo depois, com o convite para entrar no comitê de combate ao cononavírus.

“Neste período, com todo os cuidados necessários, também fomos às ruas em defesa dos trabalhadores da saúde, por meio do Fórum Conexão Saúde”, destacou o presidente. “Quando foi possível uma reabertura responsável, ainda em 2020, convocamos e participamos de atos simbólicos, faixaços e carreatas contra Jair Bolsonaro”.

Já em 2021, a CUT começou o ano com uma grande carreata na Avenida Beira Mar. “No mesmo período, comemoramos a eleição da Chapa CUTista no Sindifort e, logo depois, a filiação do Sindicato à nossa Central”, recordou Pereira.

 “Em fevereiro e março, tivemos grandes embates no Paço Municipal e na Câmara Municipal de Fortaleza. Resistimos e fomos fortes juntos com o Sindifort, o Sindiute e a Fetamce na luta contra o fim da aposentadoria dos servidores municipais de Fortaleza”, destacou o dirigente.

“Não podemos esquecer que estivemos juntos nas lutas contra a privatização da Dataprev, do Banco do Brasil, dos Correios, da Petrobras, da Eletrobras e em defesa do serviço público. Por isso participamos de atos de rua, plenárias virtuais, paralisações, greves, marchas entre outros”.

Assim como a luta contra a PEC 32, a luta é constante contra o governo de Jair Bolsonaro – reforçou Pereira. “Fomos protagonistas contra as medidas provisórias que retiraram direitos dos trabalhadores durante a pandemia. Também lideramos a luta pela criação e manutenção do auxílio emergencial de R$ 600”.

Para Pereira, muitas dessas pautas só se resolvem com a saída do presidente Bolsonaro. “Por isso, em conjunto com as frentes populares, organizamos até julho, quatro grandes carreatas e três grandes atos de rua por Fora Bolsonaro, com destaque para o 3 de julho na Praça Portugal, quando retomamos aquele espaço que até recentemente era um símbolo reacionário de nossa cidade”.

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Interiorização e luta das mulheres

A CUT Ceará participou de diversas atividades em todas as regiões do estado, destacando greves, paralisações, campanhas salariais, marchas, passeatas, tribunas livres, aniversários de sindicatos, eleições sindicais, feiras, festivais, congressos sindicais, palestras e audiências públicas.

“Os nossos 8 de Março também foram históricos: as nossas aguerridas mulheres CUTistas foram às ruas em defesa da democracia, gritaram fora Bolsonaro e se manifestaram contra o feminicídio e a violência contra a mulher”, finalizou Wil Pereira.