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CUT-CE promove roda de conversa sobre violência política de gênero

Coordenado pela secretaria de mulheres, o encontro reuniu no auditório da organização, em Fortaleza, mais de 50 mulheres, representantes de todos os ramos de atuação da CUT no Ceará

Publicado: 04 Março, 2024 - 16h10

Escrito por: Redação CUT

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A Central Única dos Trabalhadores no Ceará (CUT-CE) promoveu na manhã desta segunda-feira (4) uma roda de conversa sobre a luta pelo fim da violência política de gênero e a garantia de direitos humanos para todas as mulheres. Coordenado pela secretaria de mulheres, o encontro reuniu no auditório da organização, em Fortaleza, mais de 50 mulheres, representantes de todos os ramos de atuação da CUT no Ceará.

De acordo com a secretária da mulher trabalhadora da CUT Ceará, Claudinha Silva, o evento abre o chamado “Março lilás”, que compreende uma série de agendas promovidas por entidades sindicais no mês em alusão ao Dia Internacional das Mulheres. Para a secretária, essas atividades reforçam as pautas e bandeiras mais urgentes das mulheres e fortalecem o diálogo com as trabalhadoras e a sociedade.

“Todos os dias enfrentamos diversas tipos de violência em casa, no trabalho, em nossas entidades sindicais, na rua e nas redes. Em um espaço como esse trocamos experiências, reforçamos nossas bandeiras feministas e fortalecemos a luta por mais políticas públicas que priorizem as mulheres, como o fim da violência política de gênero, o fim do feminicídio e a igualdade de gênero em todos os espaços”, disse a dirigente sindical.

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Claudinha reforçou ainda que as mulheres conquistaram muitos direitos, mas que é preciso avançar ainda mais. Com esse intuito, a secretária executiva de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher da Secretaria das Mulheres do Ceará, Raquel Andrade, frisou que a violência institucional de gênero é um dos principais fatores que impede que as mulheres ocupem mais espaços no mercado de trabalho e no serviço público.

Segundo a gestora, é preciso desconstruir o machismo estrutural nas organizações e em toda a sociedade e investir em políticas públicas de apoio à maternidade e as mulheres que sofrem violência em casa, para que elas passem a ocupar mais espaços.

“Precisamos desconstruir o machismo estrutural, que está enraizado em nossas instituições. Necessitamos criar uma cultura em que a mulher possa dizer não se ela quiser, e sim para todos os espaços que ela quiser ocupar, com equidade salarial e respeito”, afirmou Raquel Andrade.

Raquel reforçou ainda que o combate à violência contra a mulher é um dever de todos, independentemente do gênero, mas que também é importante que as mulheres se unam e se apoiem.

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Neste sentido, a vereadora de Fortaleza, Adriana Almeida, destacou em sua fala que os partidos políticos precisam incentivar a participação de mulheres na política, seja por meio de cotas de candidaturas ou priorizando pra este público mais investimentos políticos e financeiros.

“Nós somos mães, donas de casa, lideranças sindicais, trabalhadoras. Sei que é difícil deixar de lado nossas obrigações. Mas é preciso ter ousadia e coragem, sim! Precisamos ser prioridade, para que, de fato, sejamos eleitas para ocupar os espaços de poder, o que também é um direito nosso”, finalizou a parlamentar.

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A secretária de mulheres do PT Ceará, Fátima Bandeira, também abordou a temática da participação das mulheres na política, principalmente no cenário cearense. Para ela, é importante que as mulheres aumentem sua representatividade nas eleições, subindo de 34% em 2022, para pelo menos 40% nas eleições municipais deste ano.

“A meta do PT este ano é investir em mais candidaturas de mulheres, para que a representatividade feminina suba pelo menos 6% nas eleições deste ano, em comparação com as eleições gerais de 2022. A nossa secretaria fez este debate interno, e trabalharemos fortemente para atingir este número e ocupar mais cadeiras nas Câmaras e Prefeituras cearenses”, finalizou a dirigente partidária.

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8M em Fortaleza

Em alusão ao Dia Internacional das Mulheres e para fortalecer a democracia, mulheres dos mais diversos coletivos, movimentos sociais, partidos políticos, centrais sindicais e frentes de esquerda realizam no dia 8 de março o ato unificado com o tema: "Mulheres Vivas do Brasil à Palestina". As atividades acontecerão entre 8h e 17h na Praça do Ferreira, na capital cearense.

De acordo com a secretária da mulher trabalhadora da CUT Ceará, Claudinha Silva, a programação do 8M contará com atrações culturais, feira feminista, cortejo e tendas de orientação nutricional, caminhão da cidadã, serviços de fisioterapia, orientação psicológica, aferição de pressão e glicemia, massoterapia e orientação sobre saúde da mulher. Os serviços serão ofertados das 8h às 17h. A concentração da caminhada, que será a grande ação do dia, acontecerá a partir das 16, também na Praça do Ferreira, com saída marcada para as 16h30.

“O Coletivo de Mulheres da CUT Ceará estará presente neste grande ato, reforçando as bandeiras de luta de todas as nossas categorias. Estão todas e todos convidados”, finalizou.

Programação

8h às 17h

- Serviços gratuitos de atendimentos de saúde

- Atrações culturais

- Cortejo

- Feira feminista

16h

Concentração para caminhada pelas ruas do Centro, saindo da Praça do Ferreira em cortejo e retornando pelo mesmo caminho até a praça.