CUT Ceará realiza oficina para debater luta contra racismo e machismo
O encontro reuniu cerca de 40 mulheres representantes dos mais diversos ramos CUTistas no auditório da Central, em Fortaleza
Publicado: 25 Novembro, 2022 - 11h36
Escrito por: Redação CUT
Neste dia internacional pela eliminação da violência contra as mulheres, as secretarias da mulher trabalhadora e de combate ao racismo da CUT Ceará realizaram na manhã desta sexta-feira (25/11) a oficina “Pela vida das mulheres”. O encontro foi conduzido pela secretária de relações do trabalho da CUT-CE, Ana Cláudia, e reuniu cerca de 40 mulheres representantes dos mais diversos ramos CUTistas no auditório da Central, em Fortaleza.
O evento teve início com uma mística de abertura e, logo após, contou com a exposição da advogada e coordenadora especial de políticas públicas para igualdade racial do Governo do Ceará, Martír Silva, com o tema “Por um Brasil sem machismo, racismo, soberano e democrático”.
Martír deu destaque em sua fala que “é preciso distinguir as mulheres a partir da raça, da região onde moram, da geração, da orientação sexual”. De acordo com a coordenadora de políticas públicas, “esses recortes aprofundam sobre a vida das mulheres e suas lutas específicas”.
A secretária da mulher trabalhadora da CUT-CE, Mariinha Uchôa, reforçou o compromisso da CUT Ceará com as pautas mais urgentes dos direitos humanos e lembrou que o governo Bolsonaro montou um “ambiente antidemocrático é favorável à força, à opressão, às condutas ilegais”. Neste sentido, a dirigente r que a eleição de Lula para a presidência da República traz esperança por dias melhores para as lutas contra o fascismo, machismo e racismo.
“A democracia fragilizada permitiu que os espaços públicos de pensamento fossem ocupados por pensamentos ultraconservadores. Mas a classe trabalhadora venceu, sobretudo nós, mulheres, que fomos protagonistas de todo esse processo de retomada da democracia. Vencemos porque queremos ser livres e autônomas”, finalizou Mariinha.
Para a secretária de combate ao racismo da CUT Ceará, Kátia Rogéria, neste novo ciclo político que inicia em janeiro, “é preciso fortalecer o compromisso com a luta de todos os povos, no combate ao racismo e as desigualdades”.
Marcha das margaridas
A secretária de mulheres da Fetraece, Cícera Costa, afirmou que as mulheres da cidade, do campo e das florestas já deram início a construção da 7ª edição da Marcha das Margaridas que está prevista para ser realizada em agosto de 2023, em Brasília/DF.
A dirigente relatou que a Marcha das Margaridas levou 100 mil mulheres à Brasília em 2019, e que a meta é levar 2 mil mulheres cearenses para a atividade, para se somar novamente as mais de 100 mil mulheres que devem ocupar a capital federal em 2023.
“Para reconstruir o Brasil que queremos, será preciso ocupar as ruas desse país, e sempre em marcha, as Margaridas estarão em Brasília em 2023”, frisou a dirigente da Fetraece.
O presidente da CUT Ceará, Wil Pereira, ao encerrar a mesa de abertura do evento, reforçou o compromisso da CUT com a organização da Marcha das Margaridas, e afirmou que a marcha de 2019 serviu como pontapé inicial para uma série de mobilizações contra o governo de Bolsonaro. Wil Pereira destacou ainda que defenderá no próximo ano durante o 15º Congresso Estadual da CUT, que todas as entidades filiadas à Central implementem em suas instâncias a paridade de gênero nas direções.
“Já está mais que na hora do movimento sindical como um todo garantir a participação de pelo menos 50% de mulheres nas direções. Assumo aqui o compromisso de levar essa pauta para ser debatida e defendida no próximo Congresso da CUT”, finalizou o dirigente.
As secretárias executivas da CUT Ceará, Carmem Santiago, Osmarina Modesto e Jizolda Evangelista também participaram da atividade.