Escrito por: Redação CUT

CUT Ceará realiza oficina para debater luta contra racismo e machismo

O encontro reuniu cerca de 40 mulheres representantes dos mais diversos ramos CUTistas no auditório da Central, em Fortaleza

Neste dia internacional pela eliminação da violência contra as mulheres, as secretarias da mulher trabalhadora e de combate ao racismo da CUT Ceará realizaram na manhã desta sexta-feira (25/11) a oficina “Pela vida das mulheres”. O encontro foi conduzido pela secretária de relações do trabalho da CUT-CE, Ana Cláudia, e reuniu cerca de 40 mulheres representantes dos mais diversos ramos CUTistas no auditório da Central, em Fortaleza.

O evento teve início com uma mística de abertura e, logo após, contou com a exposição da advogada e coordenadora especial de políticas públicas para igualdade racial do Governo do Ceará, Martír Silva, com o tema “Por um Brasil sem machismo, racismo, soberano e democrático”.

Martír deu destaque em sua fala que “é preciso distinguir as mulheres a partir da raça, da região onde moram, da geração, da orientação sexual”. De acordo com a coordenadora de políticas públicas, “esses recortes aprofundam sobre a vida das mulheres e suas lutas específicas”.

A secretária da mulher trabalhadora da CUT-CE, Mariinha Uchôa, reforçou o compromisso da CUT Ceará com as pautas mais urgentes dos direitos humanos e lembrou que o governo Bolsonaro montou um “ambiente antidemocrático é favorável à força, à opressão, às condutas ilegais”. Neste sentido, a dirigente r que a eleição de Lula para a presidência da República traz esperança por dias melhores para as lutas contra o fascismo, machismo e racismo.

“A democracia fragilizada permitiu que os espaços públicos de pensamento fossem ocupados por pensamentos ultraconservadores. Mas a classe trabalhadora venceu, sobretudo nós, mulheres, que fomos protagonistas de todo esse processo de retomada da democracia. Vencemos porque queremos ser livres e autônomas”, finalizou Mariinha.

Para a secretária de combate ao racismo da CUT Ceará, Kátia Rogéria, neste novo ciclo político que inicia em janeiro, “é preciso fortalecer o compromisso com a luta de todos os povos, no combate ao racismo e as desigualdades”.

Marcha das margaridas

A secretária de mulheres da Fetraece, Cícera Costa, afirmou que as mulheres da cidade, do campo e das florestas já deram início a construção da 7ª edição da Marcha das Margaridas que está prevista para ser realizada em agosto de 2023, em Brasília/DF.

A dirigente relatou que a Marcha das Margaridas levou 100 mil mulheres à Brasília em 2019, e que a meta é levar 2 mil mulheres cearenses para a atividade, para se somar novamente as mais de 100 mil mulheres que devem ocupar a capital federal em 2023.

“Para reconstruir o Brasil que queremos, será preciso ocupar as ruas desse país, e sempre em marcha, as Margaridas estarão em Brasília em 2023”, frisou a dirigente da Fetraece.

O presidente da CUT Ceará, Wil Pereira, ao encerrar a mesa de abertura do evento, reforçou o compromisso da CUT com a organização da Marcha das Margaridas, e afirmou que a marcha de 2019 serviu como pontapé inicial para uma série de mobilizações contra o governo de Bolsonaro. Wil Pereira destacou ainda que defenderá no próximo ano durante o 15º Congresso Estadual da CUT, que todas as entidades filiadas à Central implementem em suas instâncias a paridade de gênero nas direções.

“Já está mais que na hora do movimento sindical como um todo garantir a participação de pelo menos 50% de mulheres nas direções. Assumo aqui o compromisso de levar essa pauta para ser debatida e defendida no próximo Congresso da CUT”, finalizou o dirigente.

As secretárias executivas da CUT Ceará, Carmem Santiago, Osmarina Modesto e Jizolda Evangelista também participaram da atividade.