CUT participa da transição de governo no CE e entrega plataforma dos trabalhadores

O vice-presidente da CUT Ceará, Helder Nogueira, representou a Central na 1ª reunião do grupo de trabalho de Desenvolvimento Econômico e Trabalho da transição de Governo do Estado do Ceará, no auditório do gabinete da Vice-Governadoria, em Fortaleza.

O encontro coordenado pelo deputado estadual Salmito Filho (PDT) e pelo presidente do SINE-IDT, Vladyson Viana, contou com a presença da vice-governadora eleita Jade Romero, que acolheu as sugestões apresentadas por técnicos, pelas entidades que representam o setor produtivo do Estado e entidades de classe.

Helder Nogueira entregou ao coletivo a “Plataforma da CUT para as Eleições 2022”, lançada em setembro deste ano com o objetivo de apresentar aos candidatos e candidatas nas eleições, uma síntese de propostas de interesse da classe trabalhadora, que abrange desde desenvolvimento econômico e sustentável até a valorização do trabalho, com políticas de distribuição de renda, geração de emprego de qualidade, inclusão social e democratização das relações de trabalho.

Neste sentido, o dirigente destacou que o restabelecimento do papel do Estado como indutor da economia e fomento à retomada do desenvolvimento econômico e social balizam as diretrizes do documento que foi entregue como principal contribuição da CUT para o governo que está sendo formado.

Helder também sugeriu a criação de uma secretaria estadual que atenda diretamente as questões relacionadas ao trabalho, para que possa gerir políticas públicas que atendem as reivindicações dos trabalhadores formais e informais.

Segundo dados divulgados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), 52,2% da população ocupada no Ceará trabalha na informalidade. Além disso, o número de desempregados que desistiram de procurar emprego no terceiro trimestre de 2022 foi de 346 mil. Para o dirigente sindical, esses números demonstram que é preciso buscar soluções para atender aos trabalhadores que cada vez mais buscam renda na informalidade, após as precarizações causadas pela reforma trabalhista.

Ao finalizar sua intervenção, Helder também ressaltou a importância do novo governo garantir a criação de um Fórum que reúna as entidades sindicas e representantes do executivo para dialogar sobre as demandas mais urgentes dos servidores públicos estaduais.