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Ex-ministro Milton Ribeiro e pastor ligado a Bolsonaro são presos pela PF

Ambos são investigados em operação sobre 'Balcão do MEC'

Publicado: 22 Junho, 2022 - 08h56

Escrito por: Comunicação CUT-CE | Editado por: Comunicação CUT-CE

Créditos: Alan Santos/PR
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Jair Bolsonaro chegou a dizer que “botava  a cara no fogo” pela idoneidade do então ministro

O ex-ministro da Educação Milton Ribeiro foi preso em operação da Polícia Federal (PF) realizada na manhã desta quarta-feira (22), suspeito de operar um balcão de negócios no Ministério da Educação e na liberação de verbas do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação).

A PF também cumpre mandados de busca e apreensão em endereços de Ribeiro e dos pastores Arilton Moura e Gilmar Santos, ligados ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e apontados como lobistas que atuavam no MEC.

Ribeiro e ao menos um dos pastores, Gilmar Santos, já foram presos. A prisão é preventiva, ou seja, não tem prazo para ser revogada. A operação chamada Acesso Pago investiga a prática de "tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos" do FNDE.

Áudios divulgados em março deste ano mostraram Ribeiro afirmando que os pastores favoreciam municípios que negociavam verbas diretamente com eles. Ainda segundo Ribeiro, a priorização de verbas para determinadas prefeituras por intermédio dos pastores seria um pedido de Jair Bolsonaro (PL), apesar deles não possuírem cargos no governo.

Na ocasião, Jair Bolsonaro chegou a dizer que “botava  a cara no fogo” pela idoneidade do então ministro.  Milton Ribeiro foi exonerado do cargo poucos dias após o escândalo ser divulgado pela imprensa.

Vários mandados cumpridos

A PF mapeou indícios de crimes na liberação de verbas do fundo com base em documentos, depoimentos e um relatório da CGU (Controladoria-Geral da União). São cumpridos, ao todo,13 mandados de busca e apreensão e cinco de prisões em Goiás, São Paulo, Pará e Distrito Federal.

Os pastores negociavam com prefeitos a liberação de recursos federais mesmo sem ter cargo no governo. O FNDE, órgão ligado ao MEC, é controlado por políticos do centrão, bloco político que dá sustentação a Bolsonaro.

 

Com informações da Revista Fórum e do Brasil 247