Fortaleza terá manifestação por #ForaBolsonaro neste sábado, 9 de abril
A atividade terá concentração a partir das 15h na Praça Portugal
Publicado: 08 Abril, 2022 - 10h12 | Última modificação: 08 Abril, 2022 - 10h15
Escrito por: Redação CUT
Movimentos populares, centrais sindicais e entidades filiadas à CUT preparam um dia nacional de mobilização em diversas cidades do Brasil, neste sábado (9/4), contra a carestia, o aumento dos preços dos alimentos, dos combustíveis e do gás, a fome e o desemprego. Em Fortaleza, sob o mote “Bolsonaro nunca mais!”, a atividade terá concentração a partir das 15h na Praça Portugal.
A mobilização é coordenada pela Campanha Fora Bolsonaro, que aqui no Ceará é liderada pela CUT Ceará, pelas frentes Brasil Popular Ceará, Povo sem Medo e pelo Fórum Sindical, Popular e de Juventudes de Luta pelos Direitos e pelas Liberdades Democráticas. Juntas, essas entidades organizaram as principais ações de luta contra o presidente da República nos dias 29 de maio, 19 de junho, 3 e 24 de julho, 7 de setembro e 2 de outubro de 2021.
De acordo com o presidente da CUT Ceará, Wil Pereira, a manifestação deste sábado será a primeira grande manifestação do ano após as mobilizações de 8 de março e reflete o sentimento das ruas em relação ao governo de Jair Bolsonaro (PL), desaprovado por 63% dos brasileiros, segundo pesquisa do instituto Ipespe, divulgada nesta quarta-feira (6). O percentual de brasileiros que acrediram que a economia vai no caminho errado é o mesmo, 63%, e refletem a preocupação com as altas taxas de desemprego e disparada da inflação, impactada principalmente pelo aumento dos preços da gasolina, diesel e gás de cozinha e os dos alimentos.
“O nosso ato é contra a carestia, a fome, o desemprego. A população brasileira não suporta mais tanta destruição. É por isso e muito mais que estaremos todos e todas nas ruas pra dizer que não queremos Bolsonaro nunca mais”, ressaltou o dirigente.
A manifestação também ocorre em um contexto de agravamento das desigualdades sociais, o que exige a continuidade da luta por medidas emergenciais e soluções estruturais para enfrentar a fome, o desemprego e a carestia. “Considerando a piora significativa das condições de vida do povo brasileiro e todas as consequências sociais que se desdobram disso, queremos manter nosso povo mobilizado por dias melhores e, por isso, a mobilização adota o mote Bolsonaro Nunca Mais”, destaca Nericilda Rocha, integrante da Frente Povo Sem Medo.
“No cenário econômico caótico provocado pelo governo Bolsonaro é extremamente importante que estejamos nas ruas mostrando a nossa indignação e defendendo a democracia, que precisa ser restabelecida nas urnas em outubro deste ano”, reforça o Prof. Bruno Rocha, presidente da ADUFC-Sindicato. A entidade compõe o Fórum Sindical, Popular e de Juventudes de Luta pelos Direitos e pelas Liberdades, que está na organização do ato.
Escândalos de corrupção ampliam desgaste do governo federal
Os protestos também repudiam os últimos escândalos de corrupção do governo Bolsonaro, que levaram à queda do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, pego em gravações dizendo repassar verbas da Pasta para municípios indicados por dois pastores a pedido de Bolsonaro. Enquanto o governo negocia recursos públicos favorecendo pastores evangélicos, dobrou no Brasil o número de pessoas em situação de insegurança alimentar grave nos últimos dois anos, chegando a quase 20 milhões de brasileiros e brasileiras. Hoje, mais da metade da população está nessa condição, em níveis leves, moderados ou graves.
“Esse ato é uma continuidade do processo de luta contra esse governo da barbárie. Estamos vendo diversas denúncias de corrupção como o caso do ministro da Educação, também vimos o veto à Lei Paulo Gustavo. Exigimos mudanças imediatas e nos manteremos firmes nas ruas até a derrubada desse governo”, ressalta a mestranda em Sociologia Mariana Lacerda, integrante da Marcha Mundial das Mulheres e da Frente Brasil Popular.
Serviço:
DIA NACIONAL DE MOBILIZAÇÃO BOLSONARO NUNCA MAIS
Quando: 9 de abril de 2022 (sábado), às 15h
Onde: concentração na Praça Portugal
Com informações da ADUFC e da CUT Brasil