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Frente Ampla em Defesa do Pré-sal é lançada e realiza sua primeira plenária

CUT, CTB, entidades filiadas e movimentos sociais parceiros integram a Frente. Lançamento ocorreu nesta quarta-feira (22/7), no Sindicato Apeoc, em Fortaleza. Um dos focos é a luta contra PLS 131/2015

Publicado: 23 Julho, 2015 - 03h02

Escrito por: CUT-CE

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Presidente eleito da CUT-CE, Wil Pereira, compPresidente eleito da CUT-CE, Wil Pereira, compCom o apoio da CUT-CE, CTB e diversos sindicatos e movimentos sociais parceiros, o Sindicato Apeoc lotou seu auditório, em Fortaleza, para a realização de uma plenária histórica na tarde desta quarta-feira (22/7). Na ocasião, foi lançada, oficialmente, a “Frente Ampla em Defesa do Pré-Sal – pelo Brasil, pela Educação e pela Petrobras!”. O Ceará sai na frente com a nova mobilização, que enfrenta ainda o Projeto de Lei do Senado (PLS) 131/2015, de autoria do senador José Serra (PSDB-SP) e que propõe a alteração do Regime de Partilha e Exploração do Pré-Sal. Houve ainda palestra – seguida de debate – com Joceli Andrioli, da coordenação nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).

 

Se o PLS 131/2015 for aprovado, o financiamento para a educação pública – através dos royalties e do Fundo Social do Pré-Sal – será contingenciado, ou até mesmo retirado da área da Educação, colocando em risco o avanço do investimento para essa área. “Essa aprovação seria desastrosa também por comprometer seriamente o aporte de novos recursos para o financiamento da educação pública brasileira, recursos esses oriundos do Pré-sal”, disse o presidente eleito da CUT-CE, Wil Pereira, em sua saudação inicial.

 

Na opinião do dirigente, compartilhada com as demais entidades que compõem a Frente, o PLS do senador José Serra também tenta desestabilizar a Petrobras, uma das maiores empresas estatais do mundo, tirando dela a gestão do investimento, da exploração e da distribuição dos poços de petróleo em águas brasileiras. “A defesa do Pré-sal é uma bandeira unificada das centrais sindicais e movimentos sociais. Reafirmamos o compromisso de lutar 25 horas por dia nessa defesa”, enfatizou Wil Pereira.

 

Joceli Andrioli, da coordenaJoceli Andrioli, da coordenaSistema contraditório

Joceli Andrioli, da coordenação nacional do MAB, foi o convidado dessa primeira plenária. E reforçou a profunda crise que enfrenta o sistema capitalista, “por si só contraditório, com extrema concentração de riquezas”. Ele exemplificou: apenas 80 pessoas possuem a quantidade de riqueza que possuem 3,5 bilhões de pessoas em todo o planeta, o que representa 50% da população mundial. Andrioli também milita no Movimento Quem Luta Educa.

 

Anizio Melo, presidente da Apeoc, destacou a importAnizio Melo, presidente da Apeoc, destacou a importO presidente da Apeoc, Anizio Melo, destacou a necessidade de, em união, a Frente “colocar o Governo para andar no ritmo que interessa à classe trabalhadora”. Ele insistiu na defesa da permanência da exploração da camada Pré-sal com o monopólio da Petrobras e sob o regime de partilha. De acordo com ele, o PLS 131/2015 “vem remando contra a maré”. Anizio relembrou ainda que as centrais sindicais, junto com entidades filiadas e movimentos sociais, conquistaram uma importante vitória nesse sentido, tendo conseguido barrar o regime de urgência na votação do PLS. “Essa Frente, mesmo embrionária, já demonstrou que tem força política e social”, avaliou.

 

Integrantes do Levante Popular da Juventude realizam intervenIntegrantes do Levante Popular da Juventude realizam intervenMovimentos sociais e centrais – uma só força

Além do MAB, diversos movimentos sociais e sindicais atuam na construção dessa Frente, como: Movimento Organizado dos(as) Trabalhadores(as) Urbanos(as) do Ceará (Motu-CE); Levante Popular da Juventude; Movimento ParaTodos; União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes); Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST); Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce); e União da Juventude Socialista (UJS); além de outros sindicatos como Mova-se, Sindiute e Sindipetro. A plenária que lançou a Frente também contou com o apoio de parlamentares, como o vereador Deodato Ramalho e o deputado estadual Elmano de Freitas, ambos do PT.

 

Para Ranyelle Neves, da UNE, pauta deve ser levada tambPara Ranyelle Neves, da UNE, pauta deve ser levada tamb“A soberania da Petrobras no Brasil é uma pauta muito cara para a juventude e a União Nacional dos Estudantes (UNE) orgulha-se em se colocar nessa Frente”, disse uma das representantes da entidade presentes na plenária, Ranyelle Neves. Em sua avaliação, essa é uma pauta que é importante ser discutida nos sindicatos, mas deve também ser levada às escolas. “Não podemos abrir mão de reivindicar os royalties do petróleo, para que a educação no Brasil se consolide do básico ao superior”, afirmou Ranyelle. Durante a plenária desta quarta-feira, uma comissão formada por integrantes de sindicatos e movimentos sociais e populares já se formou e marcou reunião para o próximo dia 27/7.

 

Defender a educação é defender a Petrobras!

O Pré-Sal é nosso!

 

(*) Veja mais fotos na fanpage da CUT-CE