Gasolina no Ceará é a quarta mais cara do país, aponta pesquisa
Levantamento foi feito entre os dias 12 e 18 de junho e ainda não reflete totalmente o mais recente reajuste anunciado pela Petrobras
Publicado: 21 Junho, 2022 - 13h52
Escrito por: Comunicação CUT-CE | Editado por: Samira de Castro
O preço do litro da gasolina no Ceará é o quarto mais alto, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgados nesta terça-feira (21/06). O preço do combustível chega R$ 8,30, conforme pesquisa da agência, que coletou preços em mais de 5 mil postos de combustíveis no Brasil.
De acordo com o levantamento, o maior valor encontrado para o litro da gasolina foi no Rio de Janeiro (R$ 8,99). Em seguida, aparecem a Bahia (R$ 8,59) e São Paulo (R$ 8,59). Ainda segundo a ANP, a gasolina mais barata no país pode ser encontrada na Paraíba, com o custo de R$ 7,59 por litro.
A pesquisa da ANP foi realizada entre os dias 12 e 18 de junho e ainda não reflete totalmente o último reajuste anunciado pela Petrobras nas suas refinarias. Na sexta-feira (17/06), a estatal anunciou uma alta de 5,18% na gasolina e de 14,26% no diesel.
O presidente da CUT Ceará, Wil Pereira, afirma que o impacto do novo reajutes no preços dos combustíveis vai pesar ainda mais no bolso da classe trabalhadora. Isso porque as mercadorias que dependem de transporte já começaram a ter valores reajustados pelos agentes econômicos.
"Há uma reação em cadeia e produtos como hortifrutigranjeiros, que dependem do transporte para chegar ao Estado, estão sendo os primeiros a ter aumento de preços, em função do repasse do custo do frete", explica o dirigente sindical.
Objetivo de Bolsonaro é privatizar a Petrobrás
Enquanto a população assalariada paga a conta da política da Petrobrás de alinhar os preços dos combustíveis aos do mercado internacional, o governo de Jair Bolsonaro (PL) está negociando com a Câmara dos Deputados um projeto de lei que permite à União começar a se desfazer das ações da companhia petrolífera até perder o controle acionário para a iniciativa privada.
"Querem acabar com a Petrobrás desde a Lava Jato, operação que destruiu empregos no setor petrolífero nacional", reforça Pereira. Ele lembra que a Lava Jato, segundo estudo do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), custou 4,4 milhões de empregos e 3,6% do Produto Inter Bruto (PIB) brasileiro.
Sob o pretexto de acabar com a corrupção, o país deixou de arrecadar R$ 47,4 bilhões de impostos e R$ 20,3 bilhões em contribuições sobrea folha, além de ter reduzido a massa salarial nacional em R$ 85,8 bilhões. Ainda segundo o Dieese, a Lava Jato afetou os setores envolvidos diretamente (petróleo e gás e construção civil), mas também uma gama importante de outros segmentos (devido aos impactos indiretos e ao efeito renda.