Escrito por: Rafael Mesquita, Sindjorce
Sindjorce também solicitará balancetes após empregadores interromperem negociações e imporem aumento unilateral
Na última segunda-feira, 1º de abril, a Assembleia do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce) reuniu jornalistas empregados em emissoras de rádio e televisão do estado para debater os rumos das negociações da campanha salarial de 2024. A indignação da categoria foi evidente após o Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão no Estado do Ceará (Sindatel) manter uma proposta de reajuste salarial de apenas 4%.
Os trabalhores expressaram frustração com a demora de 38 dias por parte dos empregadores em responder à contraproposta laboral de 5%, que representaria um acréscimo de apenas R$ 31,90, tendo um impacto mínimo nas condições financeiras dos profissionais.
A postura das principais emissoras de rádio e TV do estado, incluindo representantes do Sistema Verdes Mares, Grupo Cidade de Comunicação, Sistema TV Jangadeiro, Band TV Ceará, Rede TV Ceará e Grupo O Povo de Comunicação, foi duramente criticada. Esses conglomerados, que representam os maiores CNPJs do setor de radiodifusão, recusaram-se a participar de negociações com o presidente do Sindjorce, Rafael Mesquita. Pior ainda, por teleconferência, o sindicato patronal informou que esses grupos optaram por não negociar nem fechar acordo para a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), decidindo unilateralmente implementar o reajuste de 4%, sem definir data de concessão do benefício ou forma de pagamento retroativo a partir de 1º de janeiro.
Em resposta a essa situação, os jornalistas aprovaram uma série de encaminhamentos durante a assembleia: