Escrito por: Rafael Mesquita, Fetamce
Ficam autorizadas o retorno das aulas, com 35% dos estudantes, da EJA; do 9º ano do Ensino Fundamental; a 3ª série do Ensino Médio, inclusive profissionalizante; e o 1º e 2º ano do Ensino Fundamental.
O Governo do Estado liberou municípios da macrorregião de Fortaleza a avançarem mais uma etapa na retomada das aulas presencias a partir do dia primeiro de outubro, conforme informou o governador Camilo Santana, neste sábado (19). Com o novo decreto, ficam autorizadas o retorno das aulas, com 35% dos estudantes, da Educação de Jovens e Adultos (EJA); do 9º ano do Ensino Fundamental; a 3ª série do Ensino Médio, inclusive profissionalizante; e o 1º e 2º ano do Ensino Fundamental. A educação infantil passa a poder receber até 50% de sua capacidade.
As escolas terão que cumprir algumas medidas para que o retorno seja permitido, como por exemplo realizar testes em profissionais da Educação. Camilo deixou claro que a reabertura ficará a cargo das prefeituras e escolas particulares.
Além da capital, a macrorregião inclui Acarape, Amontada, Apuiarés, Aquiraz, Aracoiaba, Aratuba, Barreira, Baturité, Beberibe, Capistrano, Cascavel, Caucaia, Chorozinho, Eusébio, General Sampaio, Guaiuba, Guaramiranga, Horizonte, Itaitinga, Itapajé, Itapipoca, Itapiúna, Maracanaú, Maranguape, Miraíma, Mulungu, Ocara, Pacajus, Pacatuba, Pacoti, Palmácia, Paracuru, Paraipaba, Pentecoste, Pindoretama, Redenção, São Gonçalo do Amarante, São Luis do Curu, Tejuçuoca, Trairi, Tururu, Umirim e Uruburetama.
Os municípios das demais macrorregiões do Ceará vão entrar na etapa de transição, na qual ficam liberadas atividades extracurriculares, aulas práticas e estágio para concludentes e não concludentes de cursos do ensino superior e educação infantil do setor privado com 35% de sua capacidade.
Nah Jereissati/ ADUFC-Sindicato
A medida foi criticada pelo Fórum Ceará pela Vida, que representa mais de 100 entidades, movimentos, partidos, coletivos e sindicatos, do campo e da cidade. A organização protocolou nota pública em que defende a vida e reforça posicionamento contra a volta às aulas presenciais, tanto na rede particular quanto pública de ensino.
O Fórum afirma que a situação das escolas, sobretudo públicas, não atende aos critérios mínimos estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde e acrescenta que “a maioria das escolas não dispõe de profissionais da área da saúde, que incluem atendimento psicológico, além do atendimento básico, para promover ações desta dimensão, ainda mais quando se considera a necessidade de uma articulação nacional para a contenção da pandemia”.
Na quinta-feira (17/09), o coletivo chegou a realizar ato simbólico em frente ao Palácio da Abolição contra o retorno das aulas presenciais, mas foi impedido por policiais militares de abrir faixas e bandeiras em frente à sede do governo cearense, pelo lado da Avenida Barão de Studart. Os militantes, então, foram levados até a entrada do prédio, pela rua Silva Paulet, e aguardaram autorização para protocolar documentos, abrir a faixa e registrar as imagens.