Mulheres trabalhadoras de sindicatos e federações CUTistas reuniram-se, nesta quinta-feira (16), na sede da Central, em Fortaleza
A organização do ato de 8 de março e a Marcha das Margaridas foram tema de uma reunião ampliada realizada na manhã desta quinta-feira (16/2), no auditório da sede da CUT Ceará, em Fortaleza. A convite do Coletivo de Mulheres Trabalhadoras da CUT, participaram do encontro representantes de federações e sindicatos CUTistas, do campo e da cidade, além de movimentos populares.
A atividade foi iniciada com uma mística, que foi coordenada pela secretária de relações do trabalho da CUT-CE, Ana Cláudia. De acordo com a dirigente, a dinâmica de abertura foi importante para preparar o início do encontro e refletir sobre as razões pelas quais o movimento de mulheres luta diariamente. “A mística é fundamental para a vida e para as nossas lutas. É com essa alegria e motivação logo no início do nosso encontro que renovamos nossa combatividade e criatividade, além de reforçarmos o nosso elo. Essa conexão foi bem trabalhada com a dinâmica que escolhemos, utilizando um novelo de lã”, disse a dirigente.
Segundo a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT-CE, Mariinha Uchôa, esse é o primeiro de uma série de encontros do Coletivo em 2023, com o objetivo de construir as principais agendas das mulheres trabalhadoras do campo e da cidade. Mariinha reforçou a importância da participação das mulheres nas quatro grandes agendas do movimento sindical CUTista em 2023: Marcha das Margaridas, 1º de Maio, Congresso Estadual da CUT Ceará e o ato de 8 de março.
Com o tema central “Pela vidas das mulheres – Democracia, territórios e direitos”, a mobilização em alusão ao Dia Internacional de Luta das Mulheres já está sendo preparada desde janeiro pelos movimentos organizados de mulheres do campo e da cidade, sindicatos, CUT, demais centrais sindicais e partidos políticos. A atividade pretende levar milhares de pessoas às ruas para pedir o fim da violência de gênero, do machismo, do racismo e da fome, afirma a secretária Mariinha Uchôa.
“Vamos ocupar as ruas de todo o Brasil para reforçar nossas pautas históricas, sobretudo a pauta da luta contra o feminicídio, que está com números alarmantes no Ceará. Precisamos urgentemente de uma posição firme do poder público para frear este extermínio de mulheres no nosso Estado”, reforçou Mariinha.
Marcha das Margaridas
A 7ª edição da Marcha das Margaridas será realizada em agosto de 2023, em Brasília. Mas o processo de construção deste evento foi iniciado ainda em 2021, segundo a assessora da secretaria de mulheres da Fetraece, Marilu Sousa, que apresentou durante a reunião um breve resgate sobre as lutas e as reivindicações históricas pautadas pelas Marchas anteriores, além de dialogar sobre as estratégias para a formação da delegação que representará o Ceará na edição deste ano.
“A Marcha foi lançada no ano passado em uma grande atividade da Fetraece. Na oportunidade, colocamos como meta enviar à Brasília a maior delegação cearense já registrada em todas as edições. Será um esforço coletivo de todas as mulheres, do campo de da cidade. Conto com o apoio de todas as nossas organizações”, finalizou Marilu Souza.
