Escrito por: Redação CUT
Estudantes, professores e trabalhadores saíram em caminhada pelas ruas e avenidas do Centro e do Benfica e realizaram ato político na Praça do Ferreira
Em mais um Dia Nacional de Mobilizações, Paralisações e Greves em Defesa da Educação e da Aposentadoria, nesta terça-feira (13/8), estudantes, professores e trabalhadores de diversas categorias foram às ruas de Fortaleza para protestar contra a reforma da Previdência e contra os cortes na educação pública.
A marcha da educação se concentrou na Praça da Gentilândia e seguiu pelas ruas do Benfica e do Centro de Fortaleza, passando pela reitoria da UFC e pelo prédio da Gerência Regional do INSS até finalizar a caminhada com um ato político na Praça do Ferreira. A atividade foi organizada pelas centrais sindicais, frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), movimentos sociais, dentre outras organizações.
Segundo Wil Pereira, presidente da CUT Ceará, além da reforma da Previdência, que dificulta o acesso dos trabalhadores a benefícios previdenciários e o corte de verbas em universidades e institutos federais, também estava na pauta dos manifestantes o programa Future-se, que amplia a participação de recursos da iniciativa privada nas instituições públicas de ensino superior. “São três pautas muito importantes para os estudantes e para nós, trabalhadores e trabalhadoras. Desde o começo do mandato, Bolsonaro tenta nos atacar de todas as formas, seja no acesso a direitos sociais, a educação ou ao movimento sindical, incansável na luta diária em defesa da democracia e da classe trabalhadora. Precisamos continuar assim, unidos e fortes, lutando por um país mais justo e igualitário, para todos e todas.”
Reforma da Previdência
O texto da reforma (PEC 6/2019) foi aprovado no começo da semana passada em segundo turno pela Câmara dos Deputados e agora está em tramitação no Senado Federal. De acordo com o presidente da CUT-CE, é preciso aumentar a mobilização para barrar a proposta na casa revisora. “No Ceará, 11 deputados federais traíram a classe trabalhadora e votaram a favor da reforma. Agora, é a vez do Senado e a pressão será ainda maior. Portanto, estaremos todos nas ruas, nos sindicatos, portas de fábricas, escolas, universidades e locais de trabalho denunciando o voto de quem votou contra a aposentadoria e pressionando aqueles que ainda vão definir se estão ou não ao lado do povo. Quem votar, não volta!”, disse Wil Pereira.
Atos no interior
Estudantes, professores, servidores públicos e movimentos sociais também realizaram manifestações no interior do Estado. Pela manhã, foram registrados atos e caminhadas nos municípios de Amontada, Cascavel, Crateús, Iguatu, Itapipoca, Jaguaribara, Juazeiro do Norte, Limoeiro do Norte, Morada Nova, Russas e Tabuleiro do Norte. Em Sobral, Região Norte do Estado, o ato será realizado à tarde, em frente ao prédio do IFCE.