A Central Única dos Trabalhadores (CUT-CE) se solidariza com Sayonara Fernandes, presidenta do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Iguatu (SPUMI), diante do ato de violência política que foi vítima ontem (6/2), durante sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Iguatu. A dirigente sindical foi expulsa do Plenário da casa legislativa após vereadores se recusarem a continuar a sessão enquanto ela permanecesse no recinto. Sayonara participava da reunião para acompanhar a votação de projetos de interesse da categoria e prestar informações aos presentes. Outros diretores do SPUMI e servidores municipais também assistiam à sessão plenária na “casa do povo”. De acordo com a direção do SPUMU, não é a primeira vez que ocorrem condutas antidemocráticas dessa natureza no parlamento iguatuense. Este histórico de ataques e violências contra as mulheres e sindicalistas, sem dúvida enfraquece a democracia e desrespeita a liberdade de expressão garantida pela Constituição. Destacamos ainda que, os ataques à presidenta Sayonara Fernandes e a entidade sindical representativa dos servidores municipais de Iguatu são condutas antissindicais, totalmente ilegais, pois violam do direito fundamental à liberdade sindical. Além disso, não podemos admitir que eles tentem calar uma dirigente sindical apenas por ser mulher, ainda mais quando nos aproximamos das celebrações e manifestações de 8 de março, Dia Internacional da Mulher, símbolo da luta por autonomia, igualdade e pelo fim da violência contra as mulheres. O machismo mata, e as ações contra a livre organização sindical e as liberdades de manifestação e expressão prejudicam seriamente o exercício da democracia, pela qual lutamos intensamente para reconquistar. Portanto, ao mesmo tempo em que repudiamos a violência política e de gênero sofrida pela companheira Sayonara, reafirmamos o compromisso da nossa Central com a defesa dos direitos da classe trabalhadora, e em especial com as lutas mais urgentes dos servidores públicos municipais de Iguatu, e exigimos respeito. Cobramos ainda que a postura dos parlamentares seja apurada pela Comissão de Ética da Câmara Municipal.
Direção Executiva da CUT-CEFortaleza, 7 de fevereiro de 2024