Nota: Pela manutenção do serviço de pediatria do HGF
Assinam esta nota as servidoras da saúde: Auxiliadora Alencar, Eglaeide Monteiro e Maria do Carmo Aquino
Publicado: 22 Julho, 2020 - 19h12
Escrito por: Sindicato Mova-Se
O Hospital Geral de Fortaleza foi inaugurado em 23 de maio de 1969 como hospital federal do antigo INAMPS – Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social, em uma época na qual o atendimento de saúde prestado por esta unidade era exclusivo aos trabalhadores que contribuíam com a Previdência, ficando de fora uma grande parcela da população que não tinha acesso ao emprego formal e não contribuíam de forma autônoma, chamada de “indigentes”. Meio século se passou, e nesta caminhada, conquistamos na Constituição Federal de 1988 a saúde como direito de todos e dever do Estado… (CF artigo 196). Em 1990, o HGF passou a hospital estadual vinculado à Secretaria da Saúde do Estado do Ceará.
Assim nasce o Sistema Único de Saúde – SUS e o Hospital Geral de Fortaleza, seguindo os princípios deste: Universalidade, Igualdade e Integralidade, passa a atender a população indistintamente, com serviços de Alta Complexidade em várias especializações. Aqui iremos focar na Pediatria, composta por equipe multidisciplinar, que há mais de 50 anos presta assistência a crianças e adolescentes, incluindo Neonatologia. Em 2014 já contava com as seguintes especialidades: Gastroenterologia, Hepatologia, Pneumologia, Nefrologia (Ambulatório de Transplante Renal); Neurologia, Endocrinologia, Reumatologia, Pediatria Geral, Núcleo de Atendimento Materno/Banco de Leite Humano e Dermatologia. Recentemente foi criado o Ambulatório de Osteoporose Pediátrica com um acompanhamento preventivo a crianças e adolescentes com predisposição à doença. Quanto à Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, existe uma demanda além da capacidade, que não se restringe a este hospital, mas que é recorrente aos hospitais da rede pública. Conforme matéria do Jornal O Povo de 06/07/2017, os profissionais trabalhavam com o dobro de pacientes. Toda esta exposição se faz necessária para entendermos as repercussões negativas causadas pelo fechamento da Pediatria do HGF:
A negação do acesso ao Atendimento de Alta Complexidade prestado por esta unidade hospitalar às crianças, adolescentes e a seus familiares;
Fim do Ensino e Pesquisa Científicos nas áreas de Pediatria realizados por este hospital.
Os Auxiliares e Técnicos de enfermagem que se especializaram no cuidado com crianças e adolescentes, o que gerou um vínculo afetivo na profissão.
Lutamos por uma saúde pública, gratuita e de qualidade a qual só é possível com a defesa do SUS, preservando direitos e ampliando conquistas. Por estas razões, nos posicionamos contra o fechamento da Pediatria do HGF e conclamamos os Sindicatos, Centrais Sindicais, Movimento Populares e toda Sociedade Civil a se juntarem a nós, nesta luta!
#VOLTAPEDIATRIADOHGF
Assinam esta nota às servidoras da saúde: Auxiliadora Alencar, Eglaeide Monteiro e Maria do Carmo Aquino.
A DIREÇÃO DO SINDICATO MOVA-SE APOIA ESSA LUTA! EM DEFESA DA VIDA, SAÚDE E MAIS SERVIÇO PÚBLICO.