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Nova direção estadual da CUT Ceará realiza planejamento para 2024

Os dirigentes sindicais planejaram ações e agendas que contemplam as pautas das secretarias executivas e fortalecem as lutas históricas da classe trabalhadora

Publicado: 01 Março, 2024 - 15h40 | Última modificação: 01 Março, 2024 - 15h47

Escrito por: Redação CUT

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A Central Única dos Trabalhadores no Ceará (CUT-CE) reuniu nesta sexta-feira, 1º de março, sua direção estadual, para planejar as agendas de lutas e ações estratégicas da Central e de suas entidades filiadas em 2024. O encontro foi realizado no auditório da organização, em Fortaleza.

O presidente da CUT Ceará, Wil Pereira, abriu o seminário destacando que a agenda de lutas da CUT é indispensável para fortalecer a participação e a organização da Central em 2024, reafirmando a tradição e valores CUTistas ao planejar ações que contemplem as lutas históricas da classe trabalhadora.

“Esse é o primeiro planejamento desta nova diretoria, eleita ano passado, durante o 15º CECUT. Portanto, um momento ímpar para debater estratégias para garantir a presença da CUT nas agendas das categorias e ramos e nos espaços de participação popular”, afirmou o dirigente sindical.

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A secretária-geral da CUT-CE, Ana Miranda, reforçou que o planejamento anual da central sindical é um momento importante para o fortalecimento da instituição frente as pautas dos trabalhadores e das trabalhadoras.

“Quando a gente junta as nossas experiências, as vivências nos nossos ramos, sem dúvida aprendemos, crescemos e nos fortalecemos juntas e juntos”, finalizou a dirigente e servidora municipal.

Mulheres

Já Claudinha Silva, secretária de mulheres da CUT, afirmou que a agenda de lutas da Central, colocada na fala inicial de Wil Pereira, inicia com as mobilizações de rua de 8 de março, Dia Internacional da Mulher.

“O abre alas das grandes ações de 2024 é o 8 de março. Estaremos nas ruas, unidas e organizadas abrindo o calendário de manifestações de rua e fortalecendo as diversas pautas dos movimentos de mulheres, como a luta contra o machismo e a violência de gênero”, pontuou Claudinha, ao também lembrar que a secretaria da mulher trabalhadora da CUT Ceará promove uma roda de conversa sobre a luta pelo fim da violência política de gênero e a garantia de direitos humanos para todas as mulheres. O encontro será realizado na próxima segunda-feira, 4 de março, na sede da organização, em Fortaleza, a partir das 8h.

O encontro contará com a presença da deputada federal Luizianne Lins (PT), da prefeita de Apuiarés, Íris Maria, da secretária executiva de enfrentamento à política de gênero, Raquel Andrade, e da secretária de mulheres do PT Ceará, Fátima Bandeira.

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Conjuntura política

Na mesma mesa, analisando a conjuntura econômica e política, Antônio Filho (Conim), presidente do PT Ceará, lembrou que o governo Lula iniciou o primeiro ano de mandato com uma agenda de reconstrução, com diversas ações, como a volta da política de valorização do salário mínimo que, dentre outras medidas, contribuiu para a melhora da renda dos brasileiros, e dos índices econômicos e sociais. Conim frisou ainda que “para incluir os trabalhadores no orçamento, é preciso buscar alternativas de financiamento, como a reforma Tributária proposta pelo ministro da Fazenda Fernando Haddad que, uma vez aprovada, permitirá mais recursos para educação, saúde e programas sociais”.

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Marcha à Brasília e L20

Dentro do calendário de lutas da CUT, divulgado pela direção nacional em janeiro, está a Marcha à Brasília pelos Direitos da Classe Trabalhadora, que será realizado no dia 22 de maio. Wil Pereira informou que planeja organizar uma caravana de dirigentes sindicais para representar o Ceará no evento. De acordo com o presidente da CUT, a estimativa é que o Estado possa levar 2 mil pessoas para a Marcha.

O presidente da CUT também informou que está no calendário da CUT a participação das entidades sindicais no Labor (L20). O fórum reúne as centrais sindicais dos países que compõem o G20, e é o principal grupo para o debate sobre a agenda laboral do G20 Social e tem a participação da CUT Brasil desde a sua criação.

Segundo Wil Pereira, o evento será realizado nos dias 23 e 24 de julho, em Fortaleza, e está centrado no debate na regulação do trabalho por plataformas, transição justa, transição energética e os direitos fundamentais do trabalho. O L20 ocorre, ainda, na véspera do encontro de ministros do trabalho dos países que integram a cúpula do G20, que também será realizado na capital cearense.

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Financiamento das entidades

Na segunda mesa de debates do dia, o secretário de administração e finanças da CUT, Emanuel Lima, pontuou os passos que garantiram a independência financeira da CUT-CE após o impacto financeiro na estrutura sindical, ocasionado pela Reforma Trabalhista.

Emanuel enfatizou a capacidade da CUT em se organizar e debater com autonomia, utilizando recursos próprios para dialogar com os trabalhadores e trabalhadoras. Além disso, sublinhou a importância estratégica do setor administrativo e financeiro da entidade nesse contexto, evidenciando não apenas uma trajetória de autonomia, mas a habilidade de conduzir ações e diálogos de maneira representativa.

“Nós ocupamos as ruas de 2016 até aqui, lideramos todas as grandes lutas políticas em defesa da democracia e dos direitos trabalhistas, do nosso jeito, com os nossos recursos. Essa estratégia nos manteve vivos, mesmo com os ataques que sofremos em todo este período, sobretudo do governo Bolsonaro”, finalizou Emanuel Lima.

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Comunicação Sindical

Na mesa seguinte, o presidente do Sindicato dos Jornalistas no Estado do Ceará (Sindjorce), Rafael Mesquita, fez uma breve exposição sobre a importância da comunicação sindical para fortalecer o elo das entidades sindicais com a sociedade, em especial com os associados e associadas. O debate foi conduzido pela secretária de comunicação da CUT, Silvania Pires.

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Escola Nordeste e ações das secretarias

Após o intervalo para o almoço, o seminário debateu sobre a formação sindical, com destaque para a Escola de Formação da CUT no Nordeste, que foi apresentada para os novos dirigentes pela coordenadora administrativa, Lúcia Silveira. Em seguida o evento também contemplou uma breve apresentação das 16 secretarias da CUT Ceará, delineando suas competências e papéis cruciais. Os secretários também apresentaram propostas de ações e agendas para serem realizadas até o segundo semestre deste ano, contemplando negociações salariais, eleições sindicais, datas comemorativas importantes para os movimentos sociais, cursos de formação, seminários e reuniões dos coletivos CUTistas. “Nesse mergulho informativo, fortalecemos nossa compreensão e compromisso com as demandas sindicais, contribuindo para um panorama mais abrangente e estratégico”, pontuou Lúcia Silveira.

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