Paralisação dos trabalhadores da Chesf reivindica pagamento da PLR

O movimento é nacional e tem a ampla adesão de trabalhadores do Sistema Eletrobras em todo o Brasil. A categoria questiona o desmonte do setor elétrico e reivindica o pagamento da Participação dos Lucros e Resultados (PLR), previsto no acordo coletivo e que até agora não foi pago.

Apesar de a Eletrobras alegar falta de recursos para o pagamento do benefício à categoria, os acionistas não deixarão de receber seus dividendos neste ano. Os valores serão definidos no próximo dia 30 de abril, em Brasília, durante Assembleia Geral Ordinária, organizada pela Eletrobras. Na ocasião, a categoria fará protesto à postura da holding e do governo federal.  

Essa é a primeira vez, nos últimos 20 anos, que os trabalhadores da Chesf e de toda a Eletrobras enfrentam dificuldades para receber a PLR. A raiz desse problema está na aprovação, em 2012, da Medida Provisória 579. Proposta pelo governo federal, a MP provocou a queda do preço da energia paga pelo consumidor. Entretanto, para compensar os prejuízos, as empresas se viram obrigadas a adotar medidas para conter gastos. Uma dessas medidas foi o Plano de Desligamento Voluntário, que resultou na redução de 4.221 trabalhadores em toda a Eletrobras. E agora há essa tentativa de cortar a PLR dos trabalhadores.

O Coletivo Nacional dos Eletricitários, o Sindeletro e as demais entidades sindicais do setor convocam os trabalhadores para que continuem mobilizados em cada empresa do Sistema Eletrobras. O movimento da categoria é legitimo e justo. Lembre-se: só conquista quem luta!