Escrito por: Redação CUT

Plenária da CUT Ceará debate ações em defesa das estatais e do serviço público

O encontro reuniu mais de 70 lideranças sindicais na tarde desta terça-feira (30/3), pela plataforma Zoom

A Central Única dos Trabalhadores no Ceará (CUT-CE) reuniu suas entidades filiadas na tarde desta terça-feira (30/3) para debater sobre as próximas agendas em defesa do serviço público, contra a privatização das estatais e a reforma Administrativa (PEC 32/2020), que está tramitando na Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados.

A plenária foi realizada de forma virtual, pela plataforma Zoom, e reuniu mais de 70 lideranças sindicais, que atenderam ao chamado da Central Única para discutir ações e estratégias para a defesa das estatais e do serviço público, gratuito e de qualidade no Brasil.

 De acordo com Wil Pereira, presidente da CUT Ceará, o encontro definiu que no próximo dia nove de abril será realizado um ato virtual em repúdio as propostas do governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) que tenham como objetivo desmontar o Estado brasileiro. A atividade será transmitida pelas redes sociais das entidades CUTistas.

 “O governo Bolsonaro não tem nenhuma proposta para promover o bem estar social. O seu único objetivo é reduzir ao máximo o papel do Estado brasileiro, prejudicando diversos setores, entre eles os essenciais, como saúde, educação e assistência social. Não podemos permitir este desmonte, por isso puxamos essa plenária para discutir ações para frear essa cartilha liberal de Guedes e Bolsonaro”, afirmou o dirigente.

 

Campanha da CUT

A defesa das estatais e do serviço público também é tema da campanha publicitária lançada pela CUT Brasil na semana passada. Com um vídeo curto, direto e objetivo, o material está sendo veiculado, desde o dia 24 de março, nas TVs SBT, Band, Globo e TVT, na rádio BandNews e Rádio Brasil Atual, além das mídias sociais e dos canais de mídia alternativa progressista na internet.

 “Como ficaria sua vida sem os serviços públicos?”, questiona o locutor em off coberto por imagens de profissionais de saúde, que estão na linha de frente do combate à pandemia do novo coronavírus atendendo pacientes.

 “Você já imaginou nossa vida sem o servidor público?”, segue a locução dando exemplos de áreas em que o trabalho do servidor é fundamental para garantir direitos à população como aposentadoria, educação e proteção ao meio ambiente.

 “É o servidor público que faz tudo isso, mas estão tentando destruir esse trabalho mantendo privilégios para os mais ricos e cortando direitos dos mais pobres. Diga Não à Reforma Administrativa”, termina o vídeo.

Assista a integra do vídeo:

Não deixem vender o Brasil

Na primeira fase da campanha, focada na defesa das estatais, o slogan era “Não deixem vender o Brasil” e chamava a atenção para a importância de empresas como a Petrobras, Eletrobras, Correios e os bancos públicos Caixa e Banco do Brasil para a economia do país e para consolidar as políticas públicas como o auxílio emergencial e o Bolsa Família, entre outras.

#DigaNãoÀReformaAdministrativa

O foco da segunda fase da campanha da CUT é a  reforma Administrativa, “que vai afetar fortemente o atendimento gratuito em áreas como saúde, educação e outras essenciais para o amparo social da população”, tem alertado Pedro Armengol, diretor da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (CONDSEF/FENADSEF) e da CUT, desde que o governo apresentou a proposta.

“É o desmonte do estado brasileiro”, reforça o secretário-geral da Condsef, Sérgio Ronaldo da Silva, que cita o que acontece atualmente com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que sofre as consequências de uma política deliberada de desmonte, que prejudica o atendimento e acaba colocando a população contra o serviço público ao invés de  responsabilizar o Estado por não fazer concurso para substituir servidor que se aposentou, morreu, ou mudou de área, não faz manutenção nem troca equipamentos velhos nem garante sequer um bom plano de Internet para as pessoas não ficarem esperando horas porque o sistema não funciona.

É sobre tudo isso que a campanha vai alertar, lembrando sempre que quem vai pagar caro no final é a população mais pobre que depende do serviço público. Imagine ter de pagar por escolas, hospitais e aposentadoria? Tudo privado como quer o governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL).

 

Com informações da CUT Brasil