Professores de Fortaleza aprovam estado de greve pelo reajuste de 10,09%
Até o momento, não houve propostas da Prefeitura de Fortaleza, e uma audiência agendada para a manhã de hoje foi adiada para as 15h, o que desapontou a categoria.
Publicado: 29 Janeiro, 2024 - 13h23 | Última modificação: 29 Janeiro, 2024 - 13h30
Escrito por: Rafael Mesquita, Sindiute
Em assembleia realizada pelo Sindicato União dos Trabalhadores em Educação de Fortaleza (Sindiute) na manhã desta segunda-feira, 29 de janeiro, milhares de educadores da Capital ratificaram as demandas da Campanha Salarial 2024, com destaque para a reivindicação de reajuste salarial de 10,09%. Até o momento, não houve propostas da Prefeitura de Fortaleza, e uma audiência agendada para a manhã de hoje foi adiada para as 15h, o que desapontou a categoria.
Diante da falta de avanços nas negociações, os professores decidiram entrar em estado de greve e aguardam os desdobramentos da reunião reagendada com o Executivo. Uma nova assembleia foi marcada para amanhã, às 8h, onde serão discutidos os resultados da audiência. Na data, os educadores paralisarão as atividades.
Os professores lembraram que as discussões com a Prefeitura vêm sendo demandas desde dezembro e o reajuste deveria ter sido implementado no início do ano, conforme a data-base da categoria.
CUT presente
A CUT Ceará foi representava na atividade pelo presidente, Wil Pereira, e pelos secretários de administração e cultura, Emanuel Lima e Gardênia Baima, respectivamente.
Outras pautas
Além do aumento salarial, o sindicato também está lutando pelo fim do desconto de 14% nos salários dos aposentados e pelo pagamento do precatório do antigo Fundef, pendente desde 2015. Outras demandas incluem direitos iguais para os docentes aprovados no concurso de 2022, que perderam os direitos aos anuênios e à licença-prêmio. Os profissionais também demandam a inclusão dos funcionários de escola no Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) da Educação, além da aplicação da CLT para os professores substitutos e a realização de concursos públicos para professores, técnicos, supervisores e orientadores.
Ana Cristina Guilherme, presidenta do sindicato, destacou que o silêncio da prefeitura pode indicar uma negação de direitos, e os professores estão prontos para intensificar sua luta. “O estado de greve é uma forma de mostrar disposição para a paralisação, caso necessário, pois os direitos devem ser ampliados e não retirados”, pontua a dirigente.