Escrito por: Rafael Mesquita, Sindiute
No gigantesco ato, que ocupou o auditório e a área externa do prédio, os 43 representantes legislativos foram cobrados publicamente e uma comissão, recepcionou as demandas apresentadas pela categoria
Liderados pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação do Ceará (Sindiute), milhares de professores ocuparam mais uma vez a Câmara Municipal de Fortaleza. A categoria retornou ao parlamento municipal nesta terça-feira, 06, para reiterar a cobrança junto aos vereadores da Capital. A luta é para que o prefeito José Sarto atenda imediatamente a pauta prioritária dos trabalhadores.
No gigantesco ato, que ocupou o auditório e a área externa do prédio, os 43 representantes legislativos foram cobrados publicamente e uma comissão, com a participação de vereadores da base aliada do prefeito e da oposição, recepcionou as demandas apresentadas pela presidenta do Sindiute, Ana Cristina Guilherme. O parlamento reiterou a posição de mediação entre trabalhadores e Governo.
Amanhã, 07, acontece uma nova assembleia da categoria, na Escola Municipal de Tempo Integral Filgueiras Lima, quando o sindicato deve discutir com todos os profissionais o futuro do movimento.
O presidente da CUT Ceará, Wil Pereira, e os diretores executivos Emanuel Lima, Claudinha Silva e Gardênia Baima também participaram da mobilização da categoria.
Os profissionais reivindicam reajuste salarial de 10,09% (equivalente à soma de reajustes pendentes de 2017 e 2024), incorporação total dos 20% da gratificação de regência de classe, direito à licença prêmio e anuênio para os professores do concurso de 2022, inclusão dos funcionários de escola no Plano de Cargos, Carreiras e Salários da Educação, aplicação da CLT para professores substitutos e aumento do teto de contribuição previdenciária.
Por sua vez, a gestão de Fortaleza propôs um aumento de 4,62%, sendo 3,62% em janeiro e o restante, mais 0,965%, aplicado somente a partir de junho. Além disso, o prefeito oferece a incorporação de apenas 5,5% da regência ao salário base dos professores. Com a proposta, o percentual da citada gratificação passaria a ser de 14,5%.
O Sindicato reforça que ainda é necessário avançar nas conquistas e que a incorporação de 5,5% da regência da classe ao salário dos professores não representaria um acréscimo salarial, como tem sido divulgado pela Prefeitura, mas sim a transformação de parte de uma bonificação em direito definitivo.