Escrito por: Rafael Mesquita / Sindiute
Protesto na Beira Mar marca o 8° dia de paralisação dos professores da rede municipal de Fortaleza
A luta dos professores começou ainda mais cedo nesta segunda-feira, 06. Logo ao raiar do dia, a categoria ocupou a Beira Mar de Fortaleza para protestar pelo reajuste salarial de 14,95%, conforme determina a Lei Federal do Piso Nacional do Magistério (Nº 11.738/2008).
O local foi escolhido para denunciar o grande investimento que a Prefeitura faz em obras milionárias. Enquanto isso, a educação pede socorro, com educadores sem aumento e as escolas em condições precárias de funcionamento.
A presidenta do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação do Ceará (Sindiute), Ana Cristina Guilherme, destacou que os professores resistirão em busca do reajuste e demais direitos. “Os professores rejeitaram a proposta da Prefeitura, de 0,81%, e seguimos paralisados até quarta. A prefeitura teve quase 15% de aumento nos recursos da educação. O reajuste é nosso direito. Prefeito, piso já para a aula começar”, enfatiza a dirigente.
Logo após a mobilização, os profissionais saíram em rotas rumo às seis regionais da Capital. O objetivo é fortalecer o diálogo com os professores paralisados e convocar para as próximas duas atividades, que serão o ato na Câmara Municipal, na terça-feira (07), às 8h, e a vigília em frente ao Gabinete do Prefeito, na quarta-feira (08), às 8h, quando a categoria espera ser novamente recebida pela gestão para negociação.
Enquanto Fortaleza não paga o piso e atualiza a tabela vencimental do grupo, 82 cidades do Ceará já confirmaram a aplicação do aumento para o magistério. A categoria também cobra a reposição não implantada de 2017; carteira assinada para professores substitutos, que, assim que terminam o período de contrato, ficam desempregados; revogação da alíquota previdenciária de 14% aplicada a aposentados; e a revisão da reforma da previdência de Fortaleza.