Servidores municipais protestam contra Reforma da Previdência e avaliam paralisação
O ato unitário foi convocado pelo Sindifort e contou com a participação da Fetamce, do Sindiute, da CUT Ceará, do Sindsaúde e do Sinasce
Publicado: 12 Fevereiro, 2021 - 09h58 | Última modificação: 12 Fevereiro, 2021 - 11h53
Escrito por: Redação CUT

Nesta quinta-feira (11/2), servidores municipais de Fortaleza protestaram em frente ao Paço Municipal contra as medidas enviadas à Câmara pelo prefeito José Sarto (PDT), que iniciam o desmonte da previdência dos trabalhadores do município.
O ato unitário foi convocado pelo Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos do Município de Fortaleza (Sindifort) e contou com a participação da Fetamce, do Sindiute, da CUT Ceará, do Sindsaúde e do Sinasce. A atividade cobrou a retirada dos projetos do legislativo e a instalação imediata de mesa de negociação para discutir a questão.
As duas mensagens que chegaram à Câmara no dia anterior. A primeira, de Nº 004/21, trata das questões relativas à aposentadoria dos servidores, previdência complementar e outros pontos, e foi aprovada ontem em primeiro turno, com 31 votos a favor e 9 votos contra. Já a outra, Nº 002/21, que traz vários prejuízos como o fim dos anuênios e licença prêmio, não foi votada em plenário, mas tramita em comissões.
Após intensa pressão, uma comissão de dirigentes sindicais foi recebida pelo titular da Coordenadoria Especial de Articulação Política, Ésio Feitosa. Na conversa, ele se comprometeu a informar, até amanhã, 12 de fevereiro, uma data para reunião da Mesa Central de Negociação Permanente, mas sem garantir a participação do prefeito. Os sindicatos avaliam falta de disposição de Sarto para dialogar diretamente com as entidades. Na reunião da Mesa Central, também será discutido o reajuste salarial da categoria, cuja data base é primeiro de janeiro.
Mobilização permanente
De acordo com Wil Pereira, presidente da CUT Ceará, a proposta das entidades sindicais é manter a unidade e mobilizar os servidores todos os dias, com o objetivo de "sensibilizar os vereadores de Fortaleza para que se posicionem contra a reforma e pressionar o prefeito José Sarto para que abra um canal de diálogo". Segundo o dirigente, o próximo ato das entidades está sendo convocado para o dia 15 de fevereiro, próxima segunda-feira, às 9h, novamente em frente ao Paço Municipal. "Vamos manter os trabalhadores mobilizados até que seja aberto um canal de diálogo com as entidades sindicais. Se as negociações não avançarem, as categorias poderão convocar assembleias para decidir sobre paralisações e até mesmo uma greve geral", avalia Wil Pereira, ao reforçar a pressão dos servidores.
Assista ao comentário de Wil Pereira sobre a luta dos servidores municipais
Com informações da Fetamce