Escrito por: Redação CUT
Centenas de professores cobravam a aprovação do projeto de autoria do vereador Evaldo Lima (PCdoB)
Centenas de professores da rede municipal de educação lotaram o auditório e as galerias do plenário da Câmara Municipal de Fortaleza, na manhã desta quinta-feira (31/10). Eles cobravam a votação do projeto de lei de autoria do vereador Evaldo Lima (PCdoB), que regulamentava a liberdade de cátedra para professores da capital (PLO 524/2018).
A proposta teve a tramitação suspensa durante sessão ordinária que foi acompanhada pelo presidente da CUT Ceará, Wil Pereira e a presidenta do Sindiute, Ana Cristina. De acordo com o dirigente da Central Única, "o projeto foi suspenso após a inclusão de emendas de vereadores ligados a setores conversadores que prejudicavam o objetivo inicial da proposta, que era a de regulamentar a liberdade dos professores e professoras em sala de aula".
Embate na Câmara
Segundo a presidenta do Sindiute, o projeto foi alvo de um grande embate entre o autor da proposta, Evaldo Lima (PCdoB), e os vereadores Jorge Pinheiro (DC) e Priscila Costa (PRTB), contrários à medida. "Os vereadores Jorge Pinheiro e Priscila Costa usaram as redes sociais para acusar o nosso sindicato e a proposta, afirmando de forma mentirosa que queríamos liberar a ideologia de gênero nas escolas. Usaram essas mentiras para influenciar católicos, evangélicos e parte da sociedade contra a proposta que tinha um único objetivo: Regulamentar a liberdade de cátedra dos professores e protegê-los de violência dentro de sala de aula. Em nenhuma parte do projeto do professor Evaldo consta qualquer menção a ideologia de gênero. Portanto, pra evitar a aprovação da proposta que com as emendas desses vereadores piorava ainda mais a liberdade dos professores, concordamos com a retirada de pauta proposta pelo autor".