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1º de Maio: a classe trabalhadora quer emprego, renda e dignidade

Publicado: 01 Maio, 2023 - 00h00 | Última modificação: 30 Abril, 2023 - 18h52

Após anos de ataques, perda de direitos e aumento da miséria e da fome, temos uma nova perspectiva no país, resultante diretamente da vontade do povo, sobretudo da capacidade organizativa do movimento sindical e popular, retomando o curso da democracia nas eleições de 2022, com um novo governo que apresenta uma nova oportunidade para a classe trabalhadora, de ir em busca da reconstrução do país à partir de sua agenda.

É por isso que o 1º de Maio traz consigo a oportunidade para refletir sobre os desafios enfrentados pela classe trabalhadora em suas lutas por melhores condições de trabalho e vida nos últimos anos, e reafirmar nossas bandeiras de luta diante desta nova conjuntura política e econômica.

Os grupos políticos que ascenderam ao poder no período anterior promoveram um esgarçamento do tecido social brasileiro, penalizando principalmente os mais pobres e os trabalhadores. Isso porque de acordo com o IBGE, em 2022 mais de 38,8 milhões de trabalhadores terminaram o ano na informalidade, sem proteção social porque não contribuem para a Previdência. O desemprego atingiu 10 milhões, e cerca de 4 milhões desistiram de procurar trabalho depois de muito tentar e não conseguir. Também no ano passado o trabalhador de Fortaleza precisou desembolsar 58,33% do salário mínimo para comprar a cesta básica, que custou em dezembro em média R$ 653,99.

Com a chegada de Lula, os trabalhadores e as trabalhadoras comemoraram a retomada do diálogo com as Centrais Sindicais e o retorno de políticas sociais que deram certo nos governos do PT, mas querem muito mais. O Brasil precisa voltar a crescer com geração de emprego, distribuição de renda e justiça social.

Para isso, é preciso que o governo retome a política de valorização do salário mínimo, volte a estabelecer políticas que permitam a geração de emprego de qualidade e renda, valorize os servidores públicos, revise a tabela do imposto de renda e faça uma reforma tributária progressiva. A retomada da reforma agrária e das políticas de fortalecimento da agricultura familiar, é também de grande importância. Além disso, é preciso reduzir a taxa básica de juros (Selic) para fazer com que a economia volte a girar, e revogar as reformas trabalhista e previdenciária, que precarizaram as relações de trabalho e dificultaram o acesso a uma aposentadoria digna.

O desafio está posto, e é por isso que estaremos nas ruas em defesa de um país mais justo e solidário para todos e todas.

Viva o 1º de Maio dos trabalhadores e das trabalhadoras!

*Artigo em versão reduzida publicado na edição do Jornal O Povo de 01/05/2023