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Artigo

Derrotar o bolsonarismo é tarefa da classe trabalhadora

Publicado: 21 Fevereiro, 2022 - 00h00 | Última modificação: 21 Fevereiro, 2022 - 14h22

Entramos no quarto ano do governo de Jair Bolsonaro (PL) e um olhar pelo retrovisor revela o tamanho dos desafios que temos pela frente para resgatar a pátria, acima de qualquer slogan populista. Neste período, o povo brasileiro perdeu soberania, direitos e liberdades. Retroagimos no desenvolvimento ao mesmo tempo em que houve uma devastação ambiental sem precedentes. Avançou a desnacionalização, a financeirização e a primarização da economia.

No Brasil de Bolsonaro e Paulo Guedes, temos 44% dos trabalhadores na informalidade. Nossa taxa de desemprego é de 11,7% para os homens e 17,1% para as mulheres. Para a população negra, ela representa 13,1% para homens negros e inacreditáveis 20,1% para as mulheres negras. Ou seja, o desemprego tem raça e gênero.

Além disso, a população negra foi a que mais perdeu empregos durante a pandemia do coronavírus: representam 72% dos que perderam emprego na crise. Foi a que mais morreu de Covid-19. E continua sendo a que mais morre de “bala perdida”.

Com Bolsonaro, aumentaram os ataques contra indígenas, agricultores familiares e quilombolas, assim como contra os direitos humanos e ambientais. Aumentou a violência contra as mulheres, o racismo, a perseguição aos LGBTQIA+, o ataque aos direitos das pessoas com deficiência. Cresceu o fundamentalismo, a intolerância religiosa e o negacionismo, assim como a agressão contra a saúde pública.

O ano de 2022 nos espera para muito mais luta e resistência, com mais ousadia e coragem.  A mobilização pela retomada da democracia e da soberania nacional será o norte de atuação da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Não há como garantir dignidade e trabalho decente sem o fim do governo Bolsonaro. Nossa agenda deve priorizar ações que resultem no restabelecimento dos direitos da classe trabalhadora.

A classe trabalhadora, representada pela CUT, lutou e venceu situações piores no passado, como a ditadura. Recebemos das gerações passadas um legado de lutas que engrandece a nossa Central e, por isso, cada um de nós é responsável por levar esse legado adiante. Nosso compromisso com a classe trabalhadora é o de deixar para nossos filhos e gerações futuras um país melhor, como resultado de nossa luta coletiva.

*Artigo publicado no Jornal O Povo, em 21/02/2022